Duas das vítimas que denunciaram o pastor Marcos Pereira por estupro contaram
nesta quarta-feira (8) que foram obrigadas a morar na igreja e não
podia ler jornais, ver TV ou usar celulares. O depoimento das duas foi
ao ar no jornal RJTV, da TV Globo. O pastor Marcos Pereira, da Igreja
Assembleia de Deus dos Últimos Dias, foi preso na noite de terça-feira
(7) suspeito por seis estupros. Ele pode ser responsável por mais de 20
abusos.
"Quando ele pegou na minha mão, eu já fiquei na
minha cabeça pensando se ele estava tentando ver se tinha algum
espírito em mim, que era o que ele costumava fazer. Eu fiquei orando,
ele começou aos poucos, ele foi tocando no meu corpo. Você se sente
humilhada, você se sente nada, como se fosse um objeto descartável",
lembrou uma delas.
Para outra vítima, o sistema favore os abusos. "Ele
aproveita momentos de fragilidade, que a gente fica ali, entregue
mesmo àquela ideologia que eles passam para gente", contou.
O pastor ainda é investigado por homicídio,
associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Um homem que era
braço-direito do pastor contou que uma vez foi obrigado a guardar
mochilas com cerca de R$ 400 mil em casa, a pedido do religioso.
O delegado Márcio Mendonça, da Delegacia de Combate
às Drogas (Dcod) disse que o pastor dizia às vítimas que elas estavam
"possuídas" e só sexo com um religioso poderia livrá-las do mal. CORREIO
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