Trabalhadores das obras da Ferrovia de Integração
Oeste-Leste (Fiol) fizeram protesto com paralisação de um dia por conta
de uma demissão em massa que começou a acontecer nesta semana. Segundo o
Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial
da Bahia (Sintepav), foram demitidos 1.150 trabalhadores. A Valec nega
paralisação na construção, mas não comenta as demissões. O sindicato diz
que todos os lotes, do 1 ao 7, tiveram trabalhadores demitidos. O
motivo seria o atraso nos repasses do governo à Valec, justificado pela
Casa Civil pelo atraso na aprovação da Lei do Orçamento Geral da União
para 2015. Operários demitidos e colegas ainda empregados fizeram um
protesto de caminhada no centro da cidade de Jequié. Também houve
protestos nas cidades de Brumado, Guanambi, São Desidério e Santa Maria
da Vitória, onde ficam outros lotes da obra. Com 1.527 quilômetros de
extensão, dos quais 1.100 km passam pela Bahia, as obras da Ferrovia de
Integração Oeste-Leste (Fiol) integram o Programa de Aceleração do
Crescimento, do governo federal, com investimentos estimados em R$ 6
bilhões. A Fiol vai ligar Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no estado
do Tocantins. A expectativa é que a linha férrea seja interligada ao
Porto Sul, em Ilhéus, para o escoamento da produção agrícola do Oeste
baiano (soja, farelo de soja e milho), além de fertilizantes,
combustíveis e minério de ferro. (Correio)
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