Mesmo afastados de seus mandatos no Congresso,
três dos quatro ministros filiados ao PSDB, partido que ameaça deixar o
governo, tiveram R$ 19,2 milhões em emendas empenhadas entre junho e
julho. O presidente Michel Temer incluiu na lista dos favorecidos pela
liberação projetos apresentados por Aloysio Nunes (Relações Exteriores),
Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Bruno Araújo (Cidades),
quando estavam na Câmara e Senado. O quarto ministro tucano – Luislinda
Valois (Direitos Humanos) – não é parlamentar. Dos 14 ministros que se
licenciaram dos mandatos para assumir um cargo na Esplanada, apenas os
três e Fernando Coelho (Minas e Energia) apresentaram emendas durante as
discussões do Orçamento de 2017. No caso de Coelho, que teve R$ 2,8
milhões empenhados, o PSB, partido ao qual é filiado, já desembarcou do
governo, mas o ministro se manteve no cargo.
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