Região de Irecê: Morte do sindicalista Aroldo Souza completa 12 dias e servidores lotam a câmara para pedir Justiça
Servidores, familiares e amigos de Aroldo Pereira de Souza, 47 anos,
lotaram na manhã desta segunda-feira (19), as dependências da Câmara
Municipal de Vereadores de Central, na região de Irecê, para pedir
Justiça.
Aroldo, que era presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do
município de Central, foi morto a tiros, numa emboscada, no último dia
08 de novembro, quando chegava em sua propriedade rural, na localidade
de Larguinha. Aroldo ainda chegou a ser socorrido, mas morreu horas
depois. O caso repercutiu em toda Bahia e em outros estados.
Na sessão de hoje, a população também cobrou dos vereadores a
instauração de uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito, para
investigar denúncias contra a gestão municipal. Em seu pronunciamento, a
presidência da casa disse que o requerimento foi arquivado. As
denúncias haviam sido assinadas por Aroldo e outro servidor.
Segundo o vereador Valdir Belarmino, presidente do poder legislativo, as
denúncias foram arquivadas a pedido do próprio Aroldo, que pediu para
não serem apresentadas, em conversa que teve com ele em frente ao
sindicato, no dia 05 de novembro, logo após a falta de quórum na câmara.
A declaração de Belarmino foi contestada pelas pessoas presentes. “ O
arquivamento foi baseado principalmente em fatos”, disse.
Para o vereador Suesdras Dourado, o crime chocou toda a cidade, mas
acredita que a Justiça será feita. Com semblante de tristeza, Suesdras
disse que sentirá muita falta de Aroldo nas sessões da câmara. “Era uma
pessoa que estava sempre aqui com a gente. Nunca esperava que isso (...)
ia acontecer com ele [Aroldo]”.
A sessão desta segunda foi marcada por pedidos de Justiça, choro e muita
revolta. O vereador José James acredita na Justiça e na Polícia Civil
de Central. “Confio no delegado Michael Alves. Ele é muito competente e
vai desvendar esse crime. Vamos ter paciência. Não vamos julgar
ninguém”.
A câmara municipal disse que pediu às autoridade policiais que tomem
providências urgentes quanto a apuração rigorosa e célere sobre o crime.
O caso está sendo apurado pela Polícia Civil de Central, 14ª
Coordenadoria de Polícia do Interior, em Irecê e pela Superintendência
de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia. As
investigações seguem em sigilo.
Outro caso
O assessor parlamentar Jerrian Cunha Silva, natural de Seabra, na
Chapada Diamantina foi morto na noite de 12 de novembro, em Salvador –
quatro dias depois do assassinato de Aroldo. Jerrian tinha 28 anos e era
lotado no gabinete da deputada estadual Ivana Bastos.
A autoria e motivação do crime ainda são desconhecidas. O irmão da
vítima, Pedro Cunha, disse àimprensa que o assessor nunca relatou
ameaças sofridas. Ele acredita que a atuação política de Jerrian na
Chapada Diamantina pode estar associada ao caso.
Fonte: Central Notícia
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