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Caminhoneiros avisam que serão obrigados a paralisar por falta de condições

 

Mesmo com descontentamento crescente dos caminhoneiros com o governo, parte da categoria ainda apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL). Contudo, de acordo com um dos líderes da categoria, Wallace Landim, conhecido como Chorão, uma nova paralisação não foi descartada, mas pois os preços seguem subindo. Chorão contou à reportagem do Correio que, em razão da crise econômica vivenciada no Brasil, os caminhoneiros não querem fazer uma greve. “Mas com a situação em que o país está, e piorando cada vez mais, somos obrigados a fazer uma paralisação”, disse. Segundo ele, uma parte da categoria já está parando devido à falta de condições. De acordo com Landim, uma parte da categoria não apoia a greve, porque não quer se posicionar contra Bolsonaro. “Mas a nossa luta não é contra o governo em si, eu mesmo fiz campanha para o presidente, votei nele”, declarou. “Na realidade, nós estamos cobrando que o chefe da Nação chame a responsabilidade dos preços dos combustíveis para ele mesmo”, disse. “Quando o Bolsonaro estava concorrendo a presidente, ele tinha uma narrativa de que era realmente necessário mexer na política de preço da Petrobras, mas, quando ele entrou e sentou na cadeira, mudou o discurso”, afirmou Chorão. “A gente vem acompanhando a transferência de responsabilidade — tirando a culpa dele e colocando no Ministro de Minas e Energia e na própria Petrobras. Enquanto isso o povo fica sofrendo”, continuou. Segundo Chorão, a categoria não está mais suportando: “O pobre está cada vez ficando mais pobre, e não tem mais o poder de compra”.

Texto: Fernanda Strickland/ Michelle Portela/Correio Braziliense
Foto: Agência Brasil

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