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Governo diz que poderá pagar salários cortados a professores em greve

Promessa será cumprida se professores voltarem imediatamente ao trabalho.Professores da rede estadual estão em greve há mais de 30 dias

A Secretaria de Educação da Bahia divulgou um comunicado no fim da manhã desta quinta-feira (17) informando que o Governo do Estado poderá pagar os salários cortados aos professores em greve. A promessa será cumprida caso os professores se comprometam a retornar imediatamente às atividades. Eles estão em greve há 37 dias.
Segundo a Secretaria, a proposta foi enviada ao arcebispo primaz de Brasil, Dom Murilo Krieger, que faz a mediação do diálogo entre as partes. O governo afirma ainda que a pasta da educação irá criar, de forma conjunta com os professores, um calendário especial de reposição de aulas para que os 200 dias de ano letivo sejam cumpridos.
O coordenador-geral do sindicato dos professores, Rui Oliveira, entretanto, informa que a categoria não irá aceitar acordo que não contemple a negociação dos 22,22% de reajuste salarial, principal pauta de reivindicação do movimento. “A greve continua. Nós não iniciamos para devolver salário. É uma forma de intimidação. O governo confiscou o salário indevidamente”, afirma Rui Oliveira.
Os profissionais da educação da Bahia pedem reajuste de 22,22%  para todos os níveis da categoria. O governo, no entanto, afirma que irá seguir o projeto que enviou e foi aprovado pela Assembleia Legislativa: reajuste de 6,5% para todos os professores (assim como para os servidores estaduais) e 22% apenas para aqueles que dão aulas no ensino médio. A greve já foi considerada ilegal pela Justiça, quando o ponto dos grevistas foi cortado.
Na sexta-feira (11), o coordenador geral do sindicato dos professores, Rui Oliveira, e a secretária da Confederação Nacional dos Professores em Educação, Marta Vaneli, se reuniram em Brasília com representantes do Ministério da Educação e pediram intervenção na realidade baiana. “Nós entregamos um documento denunciando o que o governo fez aqui com a lei do piso. Desrespeito à lei do piso, transformou salário em subsídio e pedimos intervenção do MEC no sentido de agilizar questões aqui da Bahia. O MEC se comprometeu e ficou de dizer a gente o resultado”, afirma.
Informações do G1 Bahia

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