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Foto : Reprodução / Facebook |
Professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana, no
centro-norte baiano, protestam contra a decisão da prefeitura de não
repassar a verba dos precatórios do Fundef, o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério. As aulas estão suspensas desde ontem (25) e a categoria
deve se reunir com representantes da administração municipal hoje (26),
por volta das 3h da tarde. Um grupo de docentes ocupou a sede da
prefeitura, por volta das 6h da tarde de ontem, e acabou trancado em uma
sala. Em entrevista ao Metro1, a diretora do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Elza Melo, afirmou que os
manifestantes ficaram presos por mais de seis horas. “Na verdade, eles
foram trancados lá, um absurdo mesmo. Foi cortada a energia, ficaram sem
sanitário, ficaram lá presos e só saíram de lá meia-noite, com o
compromisso de alguns vereadores fazerem a intermediação da negociação
junto ao prefeito [Colbert Martins]”, relatou. O secretário de
Comunicação do município, Valdomiro Silva, afirma que os manifestantes
não foram trancados intencionalmente. “O prédio da prefeitura é um
imóvel tombado, com vários dispositivos de segurança. Depois do horário
de expediente, esses dispositivos são acionados. Salas são fechadas, a
iluminação é desligada”, explicou. Ainda de acordo com o titular da
Secom, embora a administração municipal tenha recebido a verba, que é
estimada em R$ 260 milhões, nenhuma medida será tomada enquanto não
houver um posicionamento de instâncias superiores. “A prefeitura de
Feira não diz que é contra nem a favor do repasse aos professores, mas
precisa aguardar uma decisão do TCU e do STF sobre o assunto”,
explicou. De acordo com a representante da APLB, o movimento não tem
previsão de acabar. “A paralisação continua enquanto o prefeito não
cumprir a lei da liberação dos recursos. A prefeitura já recebeu a
verba, mas o prefeito se recusa a liberar”, apontou. (M1)
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