“A Pfizer identificou versões falsas
de sua vacina contra a Covid-19 no México e Polônia”, afirmou a empresa
em um comunicado, no qual também destaca que trabalha com governos,
fornecedores e profissionais de saúde para “para combater o comércio
ilegal”.
Uma fonte da secretaria de Saúde do
estado mexicano de Nuevo León (norte) afirmou à AFP que 80 pessoas foram
inoculadas com o fármaco falso, mas não revelou detalhes.
O governo mexicano anunciou a
apreensão das vacinas falsas em 17 de fevereiro em uma clínica
clandestina e várias pessoas foram detidas. O MP abriu uma investigação.
A substância foi encontrada em
geladeiras de cerveja tinha números de de lote e datas de vencimento
falsas, de acordo com o jornal americano Wall Street Journal.
O líquido nos frascos confiscados na Polônia era uma substância cosmética, possivelmente um crime anti-rugas, segundo a Pfizer.
“Somos conscientes de que no atual
ambiente em que vivemos – estimulado pela facilidade e conveniência do
comércio eletrônico, assim como pelo anonimato oferecido pela internet –
vai acontecer um aumento no número de fraudes, falsificações e outras
atividades ilícitas relacionadas com as vacinas e os tratamentos contra a
Covid-19”, afirmou a empresa em um comunicado.
Na quarta-feira, o vice-diretor da
Organização Pan-americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, fez um alerta
sobre a oferta de vacinas anticovid falsas na Argentina, Brasil e
México, denunciando um “problema” para as autoridades de saúde e
policiais.
Consultado sobre a informação do WSJ a
respeito da venda de vacinas fraudulentas do laboratório Pfizer no
México, Barbosa disse: “Sim, recebemos informações do México, Argentina e
Brasil de que algumas doses foram oferecidas nas redes sociais”.
“Os mercados ilegais oferecem vacinas
que provavelmente estão falsificadas, não são a vacina real, ou talvez
estejam roubando-as de um centro de saúde e ninguém pode garantir que
estejam armazenadas corretamente”, disse Barbosa em coletiva de
imprensa.
“Então, claramente é um problema, não
só para as autoridades de saúde, mas também para a polícia identificar
esta atividade criminosa”, afirmou.
Barbosa insistiu que só se pode
confiar nas vacinas administradas pelas autoridades de saúde porque só
essas têm a garantia de serem “seguras e eficazes” e de terem sido
conservadas nas condições adequadas.
“Portanto, é muito importante rejeitar comprar qualquer tipo de vacina que se ofereça nas redes sociais e na internet”, pediu.
“Isso é um risco para sua saúde”, enfatizou.
Por:Diario de Pernambuco
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