Ao
pai do recém-nascido que disse votar em Lula, o médico faz piada: "tu
quer que eu vá já embora e nem opere ela?”/por Letícia Rastelly
Reprodução/ Vídeo
Um vídeo que circula nas redes sociais
mostra o momento em que o obstetra Allan Henrique Fernandes Rendeiro,
coage uma mulher que tinha acabado de dar à luz, a votar em Jair
Bolsonaro para a presidência, nas eleições que acontecem no próximo
domingo (30). As imagens foram gravadas na Maternidade do Povo, em
Belém, capital do Pará.
O
vídeo em questão começa com o médico mostrando bebê recém-nascido e já
falando sobre a questão política: “Hello! Eu sou Gael, já nasci 22, vou
votar no Bolsonaro”. Em seguida ele passa a mostrar e se referir ao pai
do recém-nascido: “Deu um revertério, que eu vou começar a reclamar aqui
no hospital. Pra diferenciar o negócio do pai, eles botam uma roupa
vermelha. O doido (pai) não veio dizer que vai votar no Lula? Eu digo,
rapaz, tu quer que eu vá já embora e nem opere ela?”, ameaçou Rendeiro.
Médico coage paciente a votar em Bolsonaro logo após parto pic.twitter.com/gqFlg8uYcn
— BNews (@bnews_oficial) October 24, 2022
Na
sequência do vídeo é possível ver a mãe da criança sendo questionada
sobre o seu voto no segundo turno. “Aqui tá a mamãe do Gael, dia 30 ela
vota?... 22. Diga... Vou mandar pro Bolsonaro esse vídeo, que ele está
em uma live especial”, diz o profissional. A mulher, com um sorriso
constrangido olha para o lado e em seguida, concorda com ele.
O
vídeo foi divulgado pelo próprio obstetra em suas redes sociais, no
último sábado (22), mas após os primeiros comentários negativos, ele
apagou. A reportagem do site Diário Online fez contato com o médico, mas
ele disse não saber do que se trata a acusação: “existem centenas de
vídeos publicados e não se coadunam com os dizeres a mim atribuídos”.
A
vereadora Lívia Duarte (PSOL), eleita deputada estadual no Pará
comunicou em suas redes sociais que já oficiou um pedido de abertura de
investigação sobre o episódio, e classificou a conduta do médico como
“assédio e ameaça direta à integridade da paciente”.
Fonte: BNews
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