
O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, porém, se manteve bem à frente dos demais candidatos, com 5,5 milhões de interações no mesmo período. O pedetista tem adotado o discurso de ser uma terceira via na corrida eleitoral, hoje liderada por Bolsonaro e Haddad, segundo pesquisas de intenção de voto.
Nesta quarta-feira (03), duas hashtags positivas a Ciro chegaram aos trending topics brasileiros no Twitter. Internautas compartilharam os termos #RenunciaHaddad e #Alcirina – esta última uma alusão à junção das candidaturas de centro de Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro e Marina Silva (Rede).

“Vemos uma aproximação grande na última semana dos simpatizantes da Marina com os que demonstram apoio a Ciro, com essa iniciativa de união”, afirma o diretor de análise da DAPP, Marco Ruediger.
Segundo ele, a ascensão de Ciro nas redes sociais na última semana não faz parte de uma estratégia de campanha. “As pessoas estão assustadas, há muita angústia no segmento dos indecisos que não querem aderir à polarização que Bolsonaro e Haddad representam.”
Na mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada nesta quarta-feira, Ciro é o único candidato que aparece à frente de Bolsonaro num eventual segundo turno.

Na avaliação do cientista político Pedro Costa, das Faculdades Rio Branco, o crescimento de Ciro ocorre porque ele é o mais bem colocado com um discurso de quebra da polarização. “É o candidato dos que não querem nem Haddad nem Bolsonaro”, afirmou Costa.
Ruediger, no entanto, afirma acreditar que a mobilização a poucos dias do primeiro turno veio tarde demais para a campanha do PDT. “Difícil haver uma virada agora. Ainda tem uma distância significativa nas intenções de voto entre Haddad e Ciro. Talvez com uma semana a mais, essa tendência poderia vingar nas pesquisas”.
O fenômeno das redes sociais, entretanto, continua sendo Bolsonaro. “A campanha do Bolsonaro tem um diferencial. As pessoas se sentem mais próximas do candidato que não utiliza muitos recursos, não deixa os vídeos arrumados. O marketing convencional está sendo rejeitado”, disse Ruediger. /COLABORARAM GILBERTO AMENDOLA e PAULO BERALDO /Estadão).
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