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Foto: Reprodução |
Com o fim das campanhas na TV e rádio, as redes sociais se
transformaram no principal canal para os presidenciáveis apostarem suas
últimas fichas antes da votação do primeiro turno, no domingo, 7. Com a
possível polarização entre o candidato do PT, Fernando Haddad, e do PSL,
Jair Bolsonaro, adversários que sonham com vaga no 2.º turno adotam
estratégias diferentes para mostrar que ainda podem chegar lá. De acordo
com o cientista político Kleber Carrilho, da Universidade Metodista de
São Paulo, a movimentação dos candidatos pode mudar o cenário eleitoral.
"Foi uma campanha muito mais online do que pensávamos que seria. Então,
por mais que as pesquisas falem em voto convicto, as redes podem mudar
isso e criar movimentos bruscos no final." Terceiro colocado nas
pesquisas, Ciro Gomes (PDT) aposta na força de sua militância online
para fazer sua candidatura viralizar antes da votação. No dia do último
debate da TV, quinta, emplacou a hashtag #TsunamiCiro, em referência a
algo maior que as "ondas" de apoio a outros candidatos. Geraldo Alckmin
(PSDB), também de olho no 2.º turno, opta pelo discurso de que Haddad e
Bolsonaro representam candidaturas "radicais". "As grandes viradas
acontecem no final", escreveu Alckmin, na noite de quinta-feira, 4. "É
possível que as redes causem certa instabilidade no que hoje temos como o
cenário para o 2.º turno", diz Carrilho. "Há, por exemplo, a
possibilidade de que eleitores do Haddad passem a ver Ciro como uma
possibilidade de derrotar Bolsonaro. Ou que eleitores de outros
candidatos migrem para Bolsonaro por uma vitória no primeiro turno",
afirmou o cientista político.
Fake news
Bolsonaro
e Haddad engrossaram o discurso contra supostas informações falsas a
respeito de suas respectivas candidaturas. O mote já vinha sendo
explorado pela campanha do PSL e vem sendo usado para Bolsonaro se
defender de críticas dos que não o apoiam. "Bolsonaro é machista ou
homofóbico?", pergunta o candidato em publicação. Já Haddad publica
imagens de sua agenda de campanha e promete atuar nas redes contra a
disseminação de informações falsas sobre sua candidatura. "Nossa
construção tem princípios muito sólidos que tem sido atacados, sobre
tudo pelo Bolsonaro", afirma. As informações são do jornal O Estado de
S. Paulo.
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