Por: Montagem Bnews Por: Redação Bnews
Uma
professora de 52 anos da cidade de Amargosa, no Vale do Jiquiriçá, foi
algemada pela guarda municipal, colocada na viatura e conduzida até à
delegacia enquanto buscava atendimento médico para o marido no hospital
municipal da cidade. O episódio aconteceu no final da tarde da última
quinta-feira, dia 10, e foi gravado por populares.
Maria
Nilda foi até à unidade de saúde acompanhar o marido que sofria com uma
crise renal. Após reclamar da demora do atendimento, ela ouviu de um
profissional do espaço que apenas um médico estava de plantão naquele
dia. Os minutos foram se passando e as dores ficando cada vez mais
fortes.
“Ele
gritava e chorava no chão feito criança. Nessa altura, meu marido
levantou e deu um chute no banco. Foi aí que saiu um enfermeiro dizendo
que aquilo era um desacato e que ligaria para a polícia. Quem chegou foi
a Guarda”, contou a professora ao Bnews.
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Com
a chegada da guarnição, o paciente foi atendido, mas, na saída, os
guardas municipais o esperavam para conduzi-lo até à delegacia. A
esposa, no entanto, não aceitou a ordem.
“Naquela
condição, eu disse para o meu marido não ir. Um dos guardas colocou o
dedo na minha cara. Eu disse que não admitia aquilo. O guarda entendeu
aquilo como desacato e me deu uma 'chave de braço' para colocar as
algemas. Fui colocada na viatura na frente da minha neta de apenas cinco
anos”, continua Maria Nilda.
Nas
imagens gravadas por populares, é possível ver a professora sendo
conduzida até à viatura ao lado de pelo menos quatro guardas. Em nota, a
prefeitura de Amargosa afirmou que a guarnição foi acionada pelos
servidores do hospital. A denúncia era de que “havia um homem depredando
o patrimônio público e ameaçando os funcionários de morte com gestos
que simulavam a existência de uma arma de fogo”
Versão
A
professora nega que o marido tenha simulado estar armado. “Ele estava
com a mão na cintura. Com uma crise de rins a pessoa fica assim. Em
nenhum momento ele fez isso [simulou estar armado]. Meu marido só
chorava e apontava com o dedo para eles [funcionários]. Não conseguia
falar"
A
gestão afirma ainda que a professora se negou a acompanhar os agentes e
tentou agredir os profissionais. Informação que também foi negada por
ela. "Ele [um guarda] me disse um monte de barbaridades e eu perdi o
controle, confesso. Chamei de moleque, mas não houve agressão [física].
Imagine um homem fortão pegando no braço de uma mulher..."
Na
delegacia, Maria Nilda permaneceu algemada por vinte minutos na
recepção até que os guardas prestassem declarações. Naquele dia, nem o
marido, tampouco ela foram ouvidos. Os dois devem ir à unidade policial
no próximo dia 21 de junho.
O
episódio rendeu à professora dores no braço, mas a maior delas, conta, é
a humilhação que diz ter passado. "Eu chorava muito, eu fiquei exposta
ao ridículo. Tenho a intenção de resolver isso. Já tenho duas advogadas
para cuidar do caso", finaliza.
Confira a nota completa da prefeitura de Amargosa:
Na
última semana, durante o patrulhamento preventivo, a Guarnição da
Guarda Civil Municipal – GCM de Amargosa foi acionada para atendimento
de chamado pelo Disque Denúncia 153, pelos servidores do Hospital
Municipal.
Segundo
a denúncia, havia um homem depredando o patrimônio público, Artigo 163
do Código Penal Brasileiro (CPB), ameaçando os funcionários de morte com
gestos que simulavam a existência de arma de fogo.
Com
a chegada da guarnição, o senhor J.J. já estava sendo atendido pela
médica plantonista, após liberação médica, o paciente foi informado que
precisaria acompanhar a GCM até a delegacia para prestar esclarecimento
sobre os fatos.
Antes
da condução, a acompanhante do senhor que cometeu os delitos
apresentou-se alterada, se negando a acompanhar os agentes e proferindo
palavras de desacato.
Após partir para agressão física contra os agentes, a senhora precisou ser contida para a segurança da equipe e da mesma.
É importante lembrar que a lei é para todos independentes de formação, grau, instrução, classe social ou etnia.
Referente
ao vídeo publicado nas redes sociais ou nos veículos de comunicação, as
ações já estão sendo apuradas e encaminhadas para ficarem à disposição
da Justiça.
Fonte: BNews
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