O cometa C/2025 A6 (Lemmon), descoberto no início deste ano, deve se aproximar da Terra em outubro e poderá ser observado em algumas partes do planeta. Astrônomos apontam que, conforme avança em direção ao Sol, o corpo celeste deve aumentar de brilho, tornando possível sua visualização com binóculos de qualidade, pequenos telescópios e, em locais de céu limpo e sem poluição luminosa, até mesmo a olho nu.
Inicialmente confundido com um asteroide devido à baixa luminosidade, o cometa foi confirmado após novas imagens revelarem sua estrutura característica. Quando identificado, em 3 de janeiro, apresentava magnitude de +21,5 — cerca de um milhão de vezes mais fraco que uma estrela visível a olho nu. A descoberta foi feita pelo astrônomo David Fuls, do Catalina Sky Survey (CSS), da Universidade do Arizona, com o telescópio do Observatório Mount Lemmon, nos Estados Unidos.
O nome segue regras da União Astronômica Internacional (IAU): o prefixo “C/” indica que não é periódico, ou seja, leva mais de 200 anos para completar uma órbita; “2025 A6” marca o ano e a quinzena da descoberta; e “Lemmon” faz referência ao observatório responsável pela detecção.
De acordo com cálculos do astrônomo Syuichi Nakano, do Escritório Central de Telegramas Astronômicos (CBAT), o Lemmon atingirá sua maior aproximação da Terra em 20 de outubro, quando estará a 89 milhões de km. Já o periélio — ponto mais próximo do Sol — ocorrerá em 8 de novembro, a 79 milhões de km.
Em sua órbita mais distante, o cometa pode chegar a 36 bilhões de km do Sol. Estima-se que seu período orbital seja de 1.350 anos, mas uma interação gravitacional com Júpiter, em abril de 2025, alterou sua trajetória, reduzindo esse tempo em cerca de 200 anos.

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