Para muitos, a tristeza não é passageira e se torna um estado permanente
do ser, mesmo que por fora a realidade pareça outra coisa. A depressão
tem tomado grandes proporções na atualidade, e entre adolescentes não
tem sido diferente. A morte de Yasmim Gabrielle Amaral, conhecida
nacionalmente por sua participação em um programa de calouros (leia mais aqui), trouxe um olhar de maior atenção para a doença.
De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo
menos 30% da população mundial sofrerá algum caso de depressão durante
vida, sendo que aproximadamente 50% dos adultos com a doença, relataram
ter os primeiros sintomas antes dos 18 anos. A psicóloga do Sistema
Hapvida, Marta Érica Souza, destaca a visão distorcida que muitos têm da
doença. “A popularidade do termo depressão e os inúmeros entendimentos,
por vezes errôneo sobre o que realmente se trata, traz uma idealização
de naturalização de uma doença mental grave o que leva ao não-tratamento
ou ao tratamento supérfluo e ineficaz”, pontua.
Entre as atenções que devemos ter, Marta destaca a observação aos
aspectos da fala, comportamento e possíveis esquivas das crianças e
adolescentes, para compreender o momento certo de buscar apoio
profissional. Outro ponto observado pela psicóloga é o exibicionismo no
mundo digital. “É necessário intensificar o cuidado que pais,
cuidadores, escolas e comunidade em geral devem ter e pensar
criticamente na exposição das nossas crianças e adolescentes nas mídias
sociais, sem minimamente prepará-los para a vida cotidiana e as
frustrações”, frisa a especialista.
ATENÇÃO PELO TELEFONE
A prevenção pelo suicídio conta com colaboradores que atuam através do
telefone. O CVV (Centro de Valorização da Vida) é uma organização sem
fins lucrativos que dá apoio emocional a todas as pessoas que querem e
precisam conversar. Os voluntários que atuam no CVV recebem treinamento
adequado e não precisam ter formação em psicologia. Em todo o país, o
número para o atendimento gratuito é 188. BN
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