A Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia
instaurou um processo administrativo disciplinar contra uma escrivã da
Vara Criminal de Andaraí, na cidade do centro sul do estado, por
fornecer certidão “falsa” que a atesta a inexistência de registro
imobiliário na cidade ao atual prefeito, entre outros motivos. A escrivã
Claudia Maria Costa da Silva, de acordo com o ato publicado no Diário
da Justiça Eletrônico, acumulava o cargo de escrivã titular na comarca
de Andaraí com o cargo de coordenadora pedagógica do Município, aprovada
em um concurso público realizado em 2006. A servidora ainda exercia a
função de supervisora técnica da Faculdade de Tecnologia e Ciências
(FTC) da cidade. Além disso, pesam contra ela acusações mais graves,
como lavratura de Contratos de Comodatos e Termo de União Estável, sendo
que ela recebia o dinheiro dos documentos diretamente das partes, no
Tabelionato de Notas da Comarca de Andaraí. Ela também foi acusada de
fazer campanha eleitoral para o atual prefeito reeleito, Wilson Paes
Cardoso, e não dar cumprimento à Carta Precatória em que ele era citado.
A servidora ainda teria fornecido ao gestor municipal "certidão falsa",
atestando a inexistência do Registro Imobiliário na Comarca de Andaraí
de uma área que se encontra inserida nos Registros de livros do Cartório
de Imóveis da Comarca, denominada "Campo de Aviação", e fornecido
certidão inexistente de lavratura e registro no referido Cartório, em um
litígio de áreas no Distrito de Igatu, que tem como autor o dono da
maior gleba de terra da região.
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