Região de Irecê: Morte do sindicalista Aroldo Souza completa 12 dias e servidores lotam a câmara para pedir Justiça

Aroldo, que era presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do
município de Central, foi morto a tiros, numa emboscada, no último dia
08 de novembro, quando chegava em sua propriedade rural, na localidade
de Larguinha. Aroldo ainda chegou a ser socorrido, mas morreu horas
depois. O caso repercutiu em toda Bahia e em outros estados.
Na sessão de hoje, a população também cobrou dos vereadores a
instauração de uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito, para
investigar denúncias contra a gestão municipal. Em seu pronunciamento, a
presidência da casa disse que o requerimento foi arquivado. As
denúncias haviam sido assinadas por Aroldo e outro servidor.
Segundo o vereador Valdir Belarmino, presidente do poder legislativo, as
denúncias foram arquivadas a pedido do próprio Aroldo, que pediu para
não serem apresentadas, em conversa que teve com ele em frente ao
sindicato, no dia 05 de novembro, logo após a falta de quórum na câmara.
A declaração de Belarmino foi contestada pelas pessoas presentes. “ O
arquivamento foi baseado principalmente em fatos”, disse.
Para o vereador Suesdras Dourado, o crime chocou toda a cidade, mas
acredita que a Justiça será feita. Com semblante de tristeza, Suesdras
disse que sentirá muita falta de Aroldo nas sessões da câmara. “Era uma
pessoa que estava sempre aqui com a gente. Nunca esperava que isso (...)
ia acontecer com ele [Aroldo]”.
A sessão desta segunda foi marcada por pedidos de Justiça, choro e muita
revolta. O vereador José James acredita na Justiça e na Polícia Civil
de Central. “Confio no delegado Michael Alves. Ele é muito competente e
vai desvendar esse crime. Vamos ter paciência. Não vamos julgar
ninguém”.
A câmara municipal disse que pediu às autoridade policiais que tomem
providências urgentes quanto a apuração rigorosa e célere sobre o crime.
O caso está sendo apurado pela Polícia Civil de Central, 14ª
Coordenadoria de Polícia do Interior, em Irecê e pela Superintendência
de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia. As
investigações seguem em sigilo.
Outro caso
O assessor parlamentar Jerrian Cunha Silva, natural de Seabra, na
Chapada Diamantina foi morto na noite de 12 de novembro, em Salvador –
quatro dias depois do assassinato de Aroldo. Jerrian tinha 28 anos e era
lotado no gabinete da deputada estadual Ivana Bastos.
A autoria e motivação do crime ainda são desconhecidas. O irmão da
vítima, Pedro Cunha, disse àimprensa que o assessor nunca relatou
ameaças sofridas. Ele acredita que a atuação política de Jerrian na
Chapada Diamantina pode estar associada ao caso.
Fonte: Central Notícia
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