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Torcida do Botafogo comparece para se despedir do goleiro Jefferson na vitória sobre o Paraná

Era noite de uma segunda-feira chuvosa, que começara com uma madrugada de alagamentos pela cidade; o resultado do Botafogo x Paraná estava longe de ser definidor do futuro dos dois clubes, ambos com seus destinos no Campeonato Brasileiro já selados; e, por fim, é bom lembrar que, nos últimos tempos, não tem sido tão fácil levar torcedores alvinegros ao estádio, tanto que o clube tem apenas a 15ª média de público da Série A.
Tudo isso para dizer que a presença de quase 29 mil pessoas no Nílton Santos é muito mais significativa do que o enredo da vitória do Botafogo sobre o Paraná por 2 a 1. Aqueles alvinegros foram ver Jefferson em seu último jogo como profissional. O goleiro é mais um destes personagens que, ao se despedir, mostra o bem que faz a um clube ter um jogador com tamanha identificação com a torcida. Daqueles que pode ter o clube quase como um sobrenome esportivo: o Jefferson do Botafogo.
E a admiração com que observamos que o público presente era o triplo da média alvinegra no campeonato prova o quanto este tipo de relacionamento se tornou raro num futebol exportador de jogadores e de mudanças frequentes em elencos. As relações parecem sempre descartáveis. “O Botafogo representa tudo na minha vida. Meu sonho era fazer história neste clube”, disse Jefferson.
Ele se emocionou com homenagens recebidas no campo antes e depois do jogo. De surpresa, viu a família entrar no gramado e lhe entregar um quadro feito pelo clube. E chorou ao abraçar a mãe, Dona Sônia.
“Minha mãe é uma guerreira, criou quatro filhos na garra. Foi uma surpresa maravilhosa”, contou o goleiro, aplaudido a cada recuo de bola que chegava a seus pés. (Com informações do jornal O Globo/ Foto: Guito Moreto).

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