Nesta segunda-feira (19), mais três
cidades baianas vão iniciar o uso do Ultra Baixo Volume (UBV), também
conhecido como “fumacê”, estratégia de combate ao mosquito Aedes
aegypti, transmissor da doença, que consiste na pulverização de
inseticida para eliminar a maior parte dos mosquitos adultos presentes
na região.
Além
de Wanderley, Lajedão e Morro do Chapéu, que passam a contar com a
estratégia, mais sete municípios baianos também receberam o reforço do
fumacê no combate ao Aedes aegypti, são eles: Salvador, Piripá,
Encruzilhada, Bonito, Feira de Santana, Jacaraci e Juazeiro.
Secretária
da Saúde da Bahia, Roberta Santana, explica que, para que o uso do
fumacê seja iniciado, o município precisa preencher uma série de
critérios técnicos e epidemiológicos a fim de assegurar a efetividade da
ação.
“O
uso de fumacê é feito em áreas onde há uma alta infestação de mosquitos
ou um surto de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, mas é preciso
destacar que antes de recorrer ao fumacê, outros métodos de controle de
vetores, como eliminação de criadouros, tratamento larvicida e educação
da comunidade, devem ser avaliados ou utilizados. O fumacê é o que
chamamos de último método a ser utilizado, recorremos a ele quando os
outros métodos de controle não são suficientemente eficazes ou viáveis”,
destaca.
No
período de 1º de janeiro a 10 de fevereiro de 2024, a Bahia registrou
7.355 casos de Dengue, um incremento de 4,8% no comparativo com o mesmo
período do ano passado. Atualmente, 23 municípios se encontram em
epidemia. São eles: Anagé, Belo Campo, Bonito, Botuporã, Brejões,
Condeúba, Encruzilhada, Feira da Mata, Ibiassucê, Ibicoara, Ibitiara,
Igaporã, Ipiaú, Iramaia, Irecê, Jacaraci, Matina, Morro do Chapéu,
Mortugaba, Novo Horizonte, Piripá, Rodelas e Vitória da Conquista.
Outras 20 localidades são consideradas áreas de alerta.
“O
Governo do Estado, através da Secretaria da Saúde, não tem poupado
esforços para combater o aumento do número de casos através de plano de
contingência com ações efetivas em todas as regiões da Bahia. Além das
ações que já vínhamos realizando desde o ano passado, também adquirimos
novos veículos de fumacê e faremos a distribuição de aproximadamente 12
mil kits para os Agentes de Combate às Endemias”, completa a secretária,
reforçando ainda que estão sendo intensificados os mutirões de limpeza
com o auxílio das forças de segurança e emergência, além do uso de
bombas costais por agentes de saúde em diversas cidades baianas.
Para
a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro,
municípios e a própria população precisam auxiliar no combate ao
mosquito. “A grande maioria dos criadouros está dentro das casas. Não
podemos deixar acumular água em recipientes como garrafas, pneus e
pratos usados para plantas. Outra medida essencial é cobrir as caixas de
água”, lembra.
Fonte: Mais Política
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