Geraldo Azevedo se apresentou neste domingo no São João do Pelourinho e
disse ao Bahia Notícias que no atual momento político do país a cultura,
a educação e a natureza não estão sendo valorizadas devidamente. Para o
cantor, a situação pede resistência.
“A gente tem que resistir um pouco e insistir para ter uma consistência
melhor desse governo, que eu acredito que a gente não vai ser vencido
por isso. Eu acho que o Brasil é tão grande, a nossa natureza e cultura
são tão fortes, que resiste a qualquer coisa que venha contra, de forma
que eu acho que estamos em um momento delicado, mas ao mesmo tempo não
estamos vencidos”, defende o cantor.
Sobre as futuras gerações do forró manter a essência tradicional do
gênero musical, Geraldo acredita que os artistas deixaram de “se
aperfeiçoar perante a poesia”, que para ele representa os sentimentos do
povo brasileiro.
“Muita gente diz assim: ‘depois que vocês acabaram, mudou a música’.
Realmente a mídia passou a valorizar coisas mais efêmeras e outra coisa,
eu acho que deixaram de se aperfeiçoar perante a poesia. A gente, da
nossa geração, é muito ligado a música com uma boa harmonia, valorizando
os ritmos do Brasil, que tem uma diversidade muito grande e sempre
estávamos valorizando a poesia. Eu acho que nessa poesia, a gente quer
traduzir o sentimento do povo brasileiro, tanto que atravessa de geração
em geração, passa de pai para filho, porque são músicas que vão
traduzir a emoção de cada vida’, explica Azevedo.
O cantor, que afirmou ter sido influenciado “pelos grandes mestres” como
Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Milton Nascimento, disse
que também aprende com alguns artistas novos. “Tem muita gente boa
nesse Brasil, que é um país de musicalidade muito grande e tem uma
cultura muito diversa, que quem não se pegar por ela está perdendo
metade da vida”, diz o cantor.
Fonte: Bahia Notícias
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