Foto: Valter Campanato / Agência Brasil |
O tratamento dado pelo ministro da Economia, Paulo
Guedes, ao agora ex-presidente do BNDES, Joaquim Levy, deixou o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), "perplexo". Levy entregou
sua carta de demissão, nesse domingo (16), após o presidente Jair
Bolsonaro (PSL) ter dito que ele não era leal e estava com a "cabeça a
prêmio".
Diante deste contexto, Maia disse ao blog de Andréia Sadi,
no G1, que soube da saída de Levy pela imprensa e que ficou surpreso com
a justificativa do governo. Em entrevista ao colunista Gerson
Camarotti, também do G1, o ministro da Economia disse que Bolsonaro
ficou "angustiado" porque Levy escolheu "nomes ligados ao PT" para o
banco.
Sem sequer ser questionado, após participar de um evento na
tarde de sábado (15), Bolsonaro declarou à imprensa que exigiu a
imediata demissão do diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos
Pinto, e que, se isso não fosse feito, ele próprio demitiria Levy sem
consultar Paulo Guedes (saiba mais aqui).
Pinto foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência
do BNDES (2006-2007) - Fioca era considerado um homem de confiança de
Guido Mantega, que foi ministro nos governos de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT). Logo após a declaração de
Bolsonaro, o diretor se demitiu.
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