Anika
Chebrolu, uma menina de 14 anos de Frisco, no estado americano do
Texas, venceu o Desafio Jovem Cientista 3M – e recebeu um prêmio de 25
mil dólares – por uma descoberta que pode auxiliar no desenvolvimento de
uma terapia potencial para a Covid-19.
A
invenção premiada de Anika usa a metodologia “in silico”, ou seja, uma
simulação em computador, para revelar uma molécula que pode se conectar à
espícula proteica (também conhecida como “spike protein”) do vírus
SARS-CoV-2.
“Nos
últimos dois dias, eu percebi que houve uma comoção da mídia ao redor
do meu projeto, principalmente porque envolve o vírus SARS-CoV-2 e
reflete nossas esperanças coletivas de acabar com essa pandemia, e eu,
como todas as pessoas, gostaria de voltar à vida normal logo”, disse
Anika à CNN.
O
novo coronavírus já causou mais de 1 milhão de mortes globalmente desde
que a China reportou o primeiro caso da doença à Organização Mundial da
Saúde (OMS) em dezembro.
Anika,
que é uma americana de origem indiana, enviou seu projeto quando estava
na 8ª série – mas ainda não era focado em encontrar uma cura para a
Covid-19
Inicialmente,
o objetivo era usar as simulações em computadores para identificar um
componente que pudesse se conectar à proteínas do vírus influenza.
“Depois
de passar tanto tempo pesquisando sobre pandemias, vírus e descoberta
de medicamentos, foi insano perceber que eu estava vivendo algo assim”,
disse ela.
“Por
causa da gravidade imensa da pandemia da Covid-19 e os impactos
drásticos que teve no mundo em tão pouco tempo, eu, com a ajuda do meu
mentor, mudamos a direção do projeto para mirar o vírus SARS-CoV-2”.
Anika
disse que foi inspirada a buscar curas em potencial para vírus depois
de aprender sobre a pandemia da gripe espanhola –1918 – e fazer
descobertas sobre quantas pessoas ainda morrem anualmente pela doença
nos Estados Unidos, apesar das vacinações anuais e das medicações
anti-influenza no mercado.
“A
Anika tem uma mente questionadora e usou sua curiosidade para fazer
perguntas sobre uma vacina para a Covid-19”, disse Cindy Moss, uma
jurada do Desafio Jovem Cientista 3M, à CNN.
“O
trabalho dela foi extenso e examinou bancos de dados numerosos. Ela
também desenvolveu um entendimento do processo de inovação e é uma
comunicadora talentosa. Sua disposição em usar seu tempo e talento para
ajudar a fazer do mundo um lugar melhor dá esperança à todos nós”.
Anika afirmou que vencer o prêmio e o título de melhor cientista jovem é uma honra, mas seu trabalho ainda não acabou.
O
próximo objetivo, ela diz, é trabalhar ao lado de cientistas e
pesquisadores que estão lutando para “controlar a morbidade e a
mortalidade” da pandemia, desenvolvendo suas descobertas em uma cura
eficiente para o vírus.
“Meu
esforço para encontrar um componente principal de ligação da proteína
spike do SARS-CoV-2 neste verão pode parecer apenas uma gota em um
oceano, mas colabora com os esforços de todos”, diz.
“A
forma como eu vou desenvolver essa molécula ainda mais, com a ajuda de
virologistas e especialistas no desenvolvimento de medicamentos vai
determinar o sucesso desses esforços”.
Mesmo
assim, Anika ainda encontra tempo para ser uma menina comum de 14 anos.
Quando ela não está no laboratório ou trabalhando pela meta de se
tornar uma pesquisadora, pratica a dança clássica indiana Bharatanatyam,
que estuda há oito anos.
Fonte: Oaltoacre.com
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