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Quando o presidente avisa que não haverá eleições, é golpista ou está desequilibrado


Charge do Miguel Fraga (Gaúcha/ZH)

Essa questão do perdedor alegar fraude virou moda ultimamente. A tramoia começou com o ogro americano Donald Trump, que alegou fraude antes mesmo de serem realizadas as eleições. Houve seguidas investigações, em vários Estados, mas  não se comprovou nada, nenhuma irregularidade grave. Em desespero, Trump estimulou sua gang de fanáticos a invadir o Congresso/ Capitólio, onde cinco pessoas morreram.

Keiko Fujimori também perdeu e alegou fraude no Peru, conforme tinha acontecido em 2019 na Bolívia, onde eclodiu uma crise que fez o eterno Evo Morales largar o osso do poder.

IMITANDO O ÍDOLO – Aqui neste país tropical o presidente Jair Bolsonaro entrou na onda de seu ídolo Trump, também alegando fraudes antes das eleições, prevendo o futuro e ainda mais grave, dizendo que sem voto impresso não haverá eleição, o que significa dizer que ele dará um golpe e permanecerá no poder indefinidamente.

Não sei qual a atração que move certas pessoas, tornando-as desesperadas pelo exercício do poder, que flagrantemente traz enorme desgaste físico e mental, causando envelhecimento precoce, reduzindo a resistência do organismo e provocando desequilíbrios emocionais, como está ocorrendo com Bolsonaro.

Com toda certeza, ele não se comporta com a dignidade, o respeito e a seriedade que devem marcar a postura de quem ocupa a Presidência da República.

ELEIÇÕES DE 2022 – A campanha eleitoral já está nas ruas e precisamos ter muita cautela, porque não podemos errar de novo. Vamos levar mais de uma década para recuperar o estrago desses últimos anos.

Temos de pensar, avaliar e lutar com todas as nossas energias para que o país mude de rumo em direção ao progresso e à redução das injustiças sociais

A escolha do representante da terceira via, entre Ciro Gomes (PDT), João Doria (ou outro indicado pelo PDSB, Henrique Mandetta (DEM) ou Simone Tebet (MDB), precisa ser muito bem pensada.

SEM CONSUMO – O Capitalismo é um regime que só sobrevive se houver consumo. Com a pandemia, minguaram os consumidores, a quebradeira logo se instalou. O número de desempregados é recorde absoluto.

Se não tem emprego, a renda, o consumo e qualidade de vida decaem. Todos perdem. Só o ministro Paulo Guedes não enxerga essa realidade e vai ficar embromando até o final do governo.

É uma pena tanto tempo perdido. (Roberto Nascimento / Tribuna da Internet).

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