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A
estudante foi golpeada ao menos dez vezes e teve o pulmão perfurado, de
acordo com a polícia. Ela foi levada para o hospital municipal de
Ermelino de Matarazzo e passava bem.
O
garoto que tentou protegê-la foi levado à delegacia, acompanhada pela
mãe, com um curativo no local do ferimento, para prestar depoimento.
O
ataque ocorreu na sala de aula, por volta das 11h20. Como era a faixa
de horário de troca de aula, não havia professor no local. A Polícia
Militar foi acionada em seguida.
Segundo
a polícia, após o episódio, o aluno suspeito de ferir os colegas com
uma faca de cozinha foi encontrado na quadra da escola. Ele foi levado
ao 24º Distrito Policial, da Ponte Rasa, acompanhado pelos responsáveis.
De acordo com o tenente da PM Fernando Grisi, o aluno suspeito disse que sofria bullying da colega.
As
aulas do colégio foram suspensas para a realização de perícia no local.
A rua onde fica a escola chegou a ser interditada, mas por volta das
13h foi liberada.
DIRETORA NEGA BULLYING
A
diretora do colégio, Elotisa Maria Otavia Garcia, disse à reportagem
que a situação deixou todos os professores da escola surpresos e negou
que o aluno suspeito fosse vítima de bullying pelos colegas, como teria
sido afirmado por ele à polícia.
"Temos
uma equipe de apoio no colégio com psicólogas que orientam e fazem
trabalho com os alunos. Em nenhum momento nossa psicóloga percebeu
qualquer dificuldade desse aluno", afirmou ela.
"Em
nenhum momento, nem ele nem ela nos procuraram para falar. Não temos
problemas de disciplina, os alunos são educados, e as famílias são
presentes. Para nós, foi uma surpresa muito grande", acrescentou a
diretora. Com a ajuda de um professor da escola, ela levou a aluna
ferida ao hospital.
A
educadora disse que, após o ocorrido, os professores ficaram
supervisionando grupos de alunos para que nenhum ficasse sozinho. Logo
depois, os responsáveis dos alunos foram informados sobre o ocorrido
para buscá-los.
A
advogada da escola, Luciana Gaston Schwab, afirmou que, quando o garoto
foi abordado pelos policiais, estava tranquilo, apesar de assustado.
"Não sabemos se ele teve um surto ou se tinha consciência [do que fez].
Uma avaliação será necessária para analisar o ocorrido."
Apesar
de a ocorrência ter acontecido em uma escola particular, a assessoria
de imprensa da Diretoria de Ensino Leste 1, da Secretaria da Educação do
Estado, afirmou por telefone acompanhar o caso e que, eventuais
medidas, não especificadas, podem ser tomadas assim que as
circunstâncias forem esclarecidas pela polícia.
A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) não havia se manifestado sobre o caso até a publicação deste texto.
Também não havia informações na delegacia se o aluno suspeito de cometer o ataque tinha defesa constituída.
Fonte: Notícias ao Minuto
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