Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora que leva seu nome,
confirmou em sua delação a versão do ex-executivo da empreiteira Cláudio
Melo Filho sobre pagamento de 10 milhões de reais a pedido do
presidente Michel Temer (PMDB), reporta a Folha de S. Paulo em sua
edição desta quarta-feira. Ainda de acordo com o jornal, Marcelo
Odebrecht prestou novo depoimento nesta segunda e terça-feira em
Curitiba. O ex-presidente da Odebrecht confirmou o episódio do jantar no
Palácio do Jaburu, em maio de 2014, com a presença do então
vice-presidente Temer e de Eliseu Padilha. Neste evento, segundo os
delatores, foi acertado o pagamento de 10 milhões de reais para a
campanha peemedebista. De acordo com Melo Filho, a entrega do dinheiro
saiu do caixa 2 da empresa e foi repassada a Padilha. Marcelo Odebrecht
não deu detalhes sobre os trâmites do caminho do dinheiro. O
ex-executivo da Odebrecht delatou que o hoje ministro da Casa Civil
pediu que parte dos recursos fosse entregue no escritório de José Yunes,
assessor e amigo de Temer, em São Paulo. O patriarca da empresa, Emílio
Odebrecht, também iniciou seu depoimento no acordo de delação premiada e
foi à sede da Procuradoria-Geral da República em Brasília na
terça-feira, segundo o jornal. Preocupação do Planalto — O Também nesta
quarta-feira, o jornal o Estado de S. Paulo noticia que o Palácio do
Planalto está preocupado com o fato de Melo Filho ter dito à Lava Jato
possuir elementos de prova, como ligações telefônicas, sobre suposto
pedido de dinheiro por Temer. Melo Filho, ex-diretor de Relações
Institucionais da Odebrecht, citou recursos repassados a diversos
líderes peemedebistas em sua delação, de acordo com vazamentos do
conteúdo. VEJA teve acesso à íntegra dos anexos de Claudio Melo Filho,
que se tornou delator do petrolão depois de trabalhar por doze anos como
diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. Em 82 páginas, ele
conta como a maior empreiteira do país comprou, com propinas
milionárias, integrantes da cúpula dos poderes Executivo e Legislativo.
O relato atinge o presidente Temer, que pediu 10 milhões de reais a Marcelo Odebrecht em 2014. Segundo o delator, esse valor foi pago, em dinheiro vivo. A revista também publica a lista dos que, segundo Melo Filho, receberam propina da empreiteira. São deputados, senadores, ministros, ex-ministros e assessores da ex-presidente Dilma Rousseff. A clientela é suprapartidária. Para provar o que disse, o delator apresentou e-mail, planilhas e extratos telefônicos. Uma das mensagens mostra Marcelo Odebrecht, o dono da empresa, combinando pagamentos a políticos importantes. Eles estão identificados por valores e apelidos como “Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo” e “Botafogo”. Temer, Padilha e Yunes negam ter praticado qualquer tipo de irregularidade e a empreiteira não se manifesta sobre o teor dos acordos. (Veja)
O relato atinge o presidente Temer, que pediu 10 milhões de reais a Marcelo Odebrecht em 2014. Segundo o delator, esse valor foi pago, em dinheiro vivo. A revista também publica a lista dos que, segundo Melo Filho, receberam propina da empreiteira. São deputados, senadores, ministros, ex-ministros e assessores da ex-presidente Dilma Rousseff. A clientela é suprapartidária. Para provar o que disse, o delator apresentou e-mail, planilhas e extratos telefônicos. Uma das mensagens mostra Marcelo Odebrecht, o dono da empresa, combinando pagamentos a políticos importantes. Eles estão identificados por valores e apelidos como “Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo” e “Botafogo”. Temer, Padilha e Yunes negam ter praticado qualquer tipo de irregularidade e a empreiteira não se manifesta sobre o teor dos acordos. (Veja)
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