Comedidos, mas sem dissimular a tristeza e a indignação, amigos e
familiares se despediram, ontem, da professora Anamaria Morales, 59
anos, morta no domingo ao oferecer resistência durante um assalto, no
domingo, em Itapuã. Ela foi sepultada no cemitério Jardim da Saudade,
em Brotas, diante da única filha, a aluna de Cinema de Animação Isadora
Morales Chaves, que veio de Sydney (Austrália), onde faz intercâmbio. O
irmão de Anamaria, Carlos Antonio, 64, veio de São Paulo e contou que,
em dezembro, ela viajou para Ubatuba, no litoral paulista, onde tem uma
casa, para ficar com a família, depois que uma de suas duas irmãs
desapareceu sem deixar indícios. Segundo a amiga Vera Lúcia Gomes — com
quem Anamaria esteve uma hora antes de ser assassinada — depois do
sumiço da irmã, ela tinha a ideia de escrever um livro sobre problemas
de segurança. “Mais uma vez a violência ganhou… Ela lutou contra a
violência até o fim”, lamentou. Anamaria era viúva e ensinava no curso
de Serviço Social da Universidade do Salvador (Unifacs), além de dar
aulas de francês. (Agência Estado)
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