De janeiro a
setembro de 2014 foram registrados na Bahia 14 mortes e suicídios de
gays, travestis, lésbicas e transexuais brasileiros vítimas de homofobia
e transfobia. Do total de casos notificados este ano, 10 vítimas eram
gays e lésbicas, e quatro, transexuais. O número se aproxima ao
contabilizado durante todo o ano de 2013, quando foram registradas 20
mortes. Os dados são fruto de levantamento realizado pelo Grupo Gay da
Bahia (GGB-BA), que aponta, ainda, que a maioria das mortes foi causada
por facadas, apedrejamentos ou armas de fogo. Embora considere os
números alarmantes, o antropólogo e fundador do GGB, Luiz Mott, acredita
que, até o final do ano, os números possam ser menores que as
estatísticas apresentadas no estado no ano passado. "É impossível fazer
uma previsão, entretanto, são números elevados, que preocupam e nos
deixa em situação de alerta", afirmou. A presidente da Associação de
Travestis e Transexuais de Salvador (Atras), Millena Passos, acredita
que o número de casos notificados este ano pode ser ainda mais elevado.
"Algumas vezes, o transexual morre vítima de homofobia, porém o boletim
de ocorrência o registra com o nome de batismo. Por isso, muitas mortes
deixam de ser contabilizadas", disse.
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