O
bairro George Américo, em Feira de Santana, é dividido em ruas com nomes
de letras, organizado em ordem alfabética: A1, B1, C1, D1, E1... Por
lá, a febre Chikungunya já tomou conta do alfabeto inteiro. Uma rua,
especificamente, está chamando a atenção dos moradores pela quantidade
de suspeitas da nova febre: a Rua R1, bem próxima à policlínica do
bairro, que anda lotada. “Eu não peguei ainda... Aqui a gente diz ainda,
porque essa coisa já tomou quase tudo, de fora a fora”, disse um
morador, enquanto indicava uma casa vizinha, onde a família inteira já
enfrenta os sintomas há alguns dias. “Meu marido tá indo trabalhar a
pulso, para não ficar em casa. Eu já estou sentindo há uns dez dias e
minha irmã já adoeceu também. Tem dia que meus dedos ficam tão inchados
que eu tenho que tirar o anel”, contou a dona de casa Rosemeire Alves de
Jesus, 28 anos, moradora da casa 511. A Chikungunya, cujo nome de
batismo significa “andar curvado”, no idioma kamakonde, falado em tribos
da Tanzânia — país africano onde a doença apareceu pela primeira vez,
nos anos 1950 — é transmitida pelo Aedes Aegypti, o mosquito da dengue, e
pelo primo dele, o Aedes Albopictus. Mas nem a dengue é tão comum na
R1: “Começou este mês e foi pegando todo mundo de vez”, disse Rosemeire.
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