Como dizia Vinicius de Moraes, de repente, não mais que de
repente, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) passou a ter chances reais de
ganhar no tapetão da Justiça Eleitoral a eleição que ele perdeu para a
presidente Dilma Rousseff na apuração da urna eletrônica.
A
primeira surpresa foi a notícia de que voltou a tramitar bem a Ação de
Investigação Judicial Eleitoral que o PSDB abriu no Tribunal Superior
Eleitoral, pedindo que fosse apurado abuso do poder econômico e político
na campanha da chapa vitoriosa encabeçada pelo PT.
O
relator da ação, ministro João Otávio de Noronha, tinha decidido
arquivar as investigações, mas o PSDB recorreu, ele voltou atrás e acaba
de determinar que sejam ouvidos o doleiro Alberto Youssef e o
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, para esclarecerem se houve
uso de dinheiro do esquema de corrupção na campanha presidencial.
É
da maior importância esta decisão do relator, que vai ouvir também um
funcionário do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que
denunciou a ocultação de dados econômicos negativos durante a campanha. A
atitude do ministro João Otavio Noronha significa que ele vai aceitar
que se anexem ao processo também os fatos que estão sendo investigados
na Lava Jato e que signifiquem crimes eleitorais, especialmente as
propinas colhidas e repassadas ao partido pelo então tesoureiro João
Vaccari Neto, com destaque para o caso da Gráfica Atitude, claro.
Por Carlos Newton – Tribuna da Internet
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