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MTST planeja bloquear vias de São Paulo durante sessão do impeachment
- O MTST (Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto) e movimentos de esquerda planejam bloquear
"grandes rodovias e avenidas" de São Paulo na próxima terça-feira (30),
durante a etapa final do processo de impeachment contra a presidente
afastada, Dilma Rousseff. Segundo Guilherme
Boulos, coordenador do movimento, a expectativa é de que 10 mil pessoas
participem dos "travamentos e bloqueios de grandes rodovias e avenidas"
da capital paulista.Além de integrantes do MTST, militantes de outros
grupos de esquerda participarão dos protestos. Boulos disse à reportagem
que manifestações semelhantes, "mais contundentes", também devem
ocorrer em outras capitais. "Essas mobilizações já
são parte do processo [contra o impeachment] e nós vamos continuar. O
que está em jogo não é só a votação", afirma Boulos. "Se o julgamento
caminhar para a confirmação do golpe, e tudo indica que sim, se abrirá
um período longo de instabilidade [no país]." Detalhes
sobre os locais e horários dos bloqueios não foram divulgados.Um dia
antes, na segunda (29), os grupos contra o impeachment pretendem
protestar em frente ao Senado, em Brasília. Segundo
Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares,
militantes devem acompanhar a presidente afastada desde a saída do
Palácio da Alvorada, pela manhã, até o Senado, onde Dilma apresentará
pessoalmente sua defesa. Caso não seja possível
acompanhá-la, a expectativa é de que militantes "aguardem por ela na
entrada do Senado", diz Bonfim. As frentes Brasil Popular e Povo Sem
Medo, que reúnem entidades sindicais, estudantis e grupos de esquerda,
planejam fazer um ato de apoio a Dilma às 18h no local. Já
em São Paulo, grupos contra o impeachment planejam se reunir no fim da
tarde na Praça do Ciclista, próxima à Avenida Paulista. Esta
manifestação, no entanto, ainda não está confirmada.
- PRÓ-IMPEACHMENT - Consultados,
os movimentos favoráveis ao impeachment não informaram uma agenda
consolidada de eventos, embora exista um diálogo para que os grupos se
manifestem de forma conjunta caso o impeachment seja confirmado. Marcello
Reis, líder do Revoltados Online, afirma que mandou ofício para Polícia
Militar pedindo liberação de ato na avenida Paulista nos dias 29, 30 e
31 de agosto. O grupo, no entanto, não pretende acompanhar a votação. Segundo Reis, a realização de uma manifestação depende do andamento da votação no Senado. Carla
Zambelli, do movimento Brasil Nas Ruas, afirma que os movimentos
contrários à presidente afastada estão articulando atos conjuntos para
comemorar, caso o impedimento se confirme. "O
problema está na relação do horário que deve acabar o julgamento do
impeachment. Precisávamos saber se vai acabar até umas 20h, para
conseguirmos planejar para o mesmo dia. Depois disso ninguém vai querer
sair para a rua", diz.O movimento Vem Pra Rua declarou, pela assessoria
de imprensa, que não tem uma agenda própria de atos, mas que estimulará
comemorações espontâneas. "Se a votação final acontecer no dia 30 ou
31/8, talvez as pessoas saiam às ruas para comemorar, o que
incentivaremos." (Noticias ao Minuto)
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