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Repórter da Record é acusado de assediar pelo menos 12 mulheres

Foto: reprodução/recordTV
Um dos repórteres mais experientes da Record, Gérson de Souza está sendo acusado de assediar sexualmente pelo menos 12 mulheres, a maioria delas colegas de Redação do Domingo Espetacular. Sete denúncias foram feitas nesta semana ao departamento de Recursos Humanos da emissora.
Nesta quinta (23), sob orientação e com assistência jurídica da Record, duas delas registraram Boletim de Ocorrência por assédio sexual e difamação. E, no fim da tarde, mais cinco mulheres apresentaram queixa contra o profissional no RH.
Souza nega as acusações e diz que são “revanchismo” de uma das denunciantes, uma produtora, repórter que atua atrás das câmeras na apuração de informações e agendamento de entrevistas e gravações. “Não houve nada, não assediei ninguém”, defende-se ele.
O Notícias da TV falou com uma das vítimas, a que Souza acusa de “revanchismo”(sua identidade será mantida em sigilo). Profissional premiada (tem até Prêmio Esso), ela conta que no último dia 8 estava sentada em sua mesa na Redação, na Barra Funda, em São Paulo. “Ele chegou por trás e me beijou na boca. Ficou mostrando a língua e saiu dizendo que roubado era mais gostoso. Foi nojento”, diz.

A jornalista afirma que as abordagens inconvenientes “já vêm de muitos anos”, mas só decidiu denunciar Souza depois que o repórter começou a “difamá-la”. “Ele começou a gritar na Redação que eu era incompetente, que meu trabalho é uma bosta”, lembra a profissional.
Revanchismo
Souza confirma a discussão na Redação. “Eu reclamei com a chefia da qualidade das pautas dela, era roteiro que não tinha o nome do entrevistado, que não tinha informações”, diz.
“Estou vendo isso como revanchismo. Tenho certeza de que ela está reagindo a uma observação que fiz sobre a qualidade do serviço dela”, sustenta.
O jornalista diz ser “de uma época em que se brincava [com mulheres]”, mas nega que tenha assediado as colegas. “Isso é um grande mal-entendido”.
A Record confirma que está apurando denúncias de assédio, mas não revelou nomes nem números. Diz também que orientou as vítimas a procurarem as autoridades. (UOL)

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