Um novo estudo realizado
por pesquisadores da Universidade de Sydney e da Escola de Saúde
Pública da Universidade Fudan, em Xangai, sugere que a baixa umidade
aumenta o risco de disseminação do SARS-CoV-2 (o vírus responsável pela
Covid-19).
Fatores climáticos de propagação da Covid-19
A
disseminação global do SARS-CoV-2 entre as pessoas ocorre por meio de
gotículas respiratórias e aerossóis. Estudos anteriores mostraram que a
temperatura pode afetar a propagação do SARS-CoV-2 por meio da
sobrevivência do vírus, em que eles prosperam mais em temperaturas mais
baixas. Em umidade mais baixa, mais matéria viral permanece suspensa por
mais tempo.
O coronavírus
pode sobreviver por longos períodos em superfícies e no ar. Quando uma
pessoa infectada espirra, tosse ou fala, pode produzir aerossóis e
gotículas respiratórias infecciosas. Como as gotículas são maiores, elas
pousam nas superfícies mais rapidamente. Por outro lado, como os
aerossóis são menores e mais leves, eles permanecem no ar por longos
períodos, o que explica porque a transmissão do SARS-CoV-2 é mais
provável quando o ar está mais seco e a umidade é menor.
Sobre o estudo
Os
pesquisadores tiveram como objetivo determinar como a temperatura afeta
a transmissão do vírus, olhando especificamente para a umidade.
O
estudo, publicado na revista Transboundary and Emerging Diseases,
descobriu que o número de casos locais de Covid-19 em Sydney aumentou
conforme o ar se tornava mais seco e o nível de umidade diminuía. Para
chegar a estas conclusões, a equipe monitorou o número diário de casos
de SARS-CoV-2 relatados em New South Wales Health. A equipe observou
ainda que, como os casos eram comunicados por código postal, era mais
fácil identificar a origem de cada um, permitindo a eles compilar os
números diários de casos de fevereiro a maio, comparando-os com as
estações meteorológicas mais próximas.
A
equipe descobriu que quando a umidade é menor, o ar fica mais seco e
para cada diminuição de 1% na umidade relativa, havia um aumento de 7 a
8% nos casos.
O estudo não encontrou nenhuma ligação entre os casos de SARS-CoV-2 e a precipitação, temperatura ou velocidade do vento.
Por Notícias ao Minuto
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