Pelo menos 70.296 servidores municipais
na Bahia – ativos, inativos – podem ter recebido indevidamente cotas do
auxílio emergencial criado pelo governo federal para socorrer as
famílias que ficaram sem renda em função da pandemia da Covid-19. O
número foi levantado a partir da relação de pagamento das três primeiras
parcelas do auxílio emergencial, que foram liberadas pelo Governo. Com
isso, foi realizado o cruzamento de dados de beneficiados no estado com a
relação dos servidores municipais do banco de dados do Tribunal de
Contas dos Municípios da Bahia (TCM-Ba), que inclui servidores
concursados, ocupantes de cargos em comissão e agentes políticos
(secretários municipais e vereadores).
Os indícios de fraude com o auxílio
emergencial podem envolver recursos que chegam a R$117.171.600,00, pagos
indevidamente aos suspeitos até agora. O resultado da pesquisa foi
divulgado nesta terça-feira (28/07) pelo presidente do TCM-Ba,
conselheiro Plínio Carneiro Filho e pelo superintendente regional da
Controladoria-Geral da União (CGU), Ronaldo Machado de Oliveira.
A auditoria foi feita por técnicos do
TCM-Ba e da CGU e, segundo eles, estes números poderão crescer ainda
mais, já que ficaram de fora do cruzamento de dados os servidores de 99
órgãos e entidades municipais, de um total de 1.009 – trabalho que está
em fase de conclusão. O número de suspeitos de fraude no auxílio
emergencial na Bahia, envolvendo servidores públicos, agentes políticos e
ocupantes de cargos temporários ou função de confiança, foi o segundo
maior entre todos os estados do país, só perdendo para o Maranhão. (mais…)
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