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Governo mais do que dobra imposto sobre folha de pagamento para reforçar ajuste fiscal


O governo federal mais do que dobrou nesta sexta-feira as alíquotas de Contribuição Previdenciária das empresas sobre receita bruta, reduzindo na prática a desoneração da folha de pagamentos, em mais uma medida de aperto fiscal para reequilíbrio das contas públicas. As empresas que arcavam com alíquota de 1 por cento de contribuição previdenciária sobre a receita bruta passam para 2,5 por cento, enquanto as que tinham alíquota de 2 por cento passam para 4,5 por cento, de acordo com a Medida Provisória 669 publicada no Diário Oficial da União. Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou ter recebido o anúncio "com extrema preocupação", avaliando que as mudanças gerarão forte impacto para a indústria, inclusive no tocante à manutenção de empregos, em um cenário já marcado por perda de competitividade do setor. A desoneração da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos das empresas começou a ser adotada em 2011 para reduzir os gastos com a mão de obra e estimular a economia. Ela substituiu a folha de salários como base para essa contribuição. Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o anúncio desta sexta marca, na prática, o fim do programa de desoneração da folha de pagamento.

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