As
centrais sindicais da Bahia, junto com o movimento popular, decidiram
unificar a agenda de lutas para o Dia Nacional de Mobilização, na
próxima sexta-feira, 10 de novembro. Juntas, a CTB, CUT, Força Sindical,
UGT e CSP-Conlutas, mais a Frente Brasil Popular, convocam sindicatos,
entidades, movimento social, movimento estudantil e a população de forma
geral para as manifestações contra as reformas trabalhista e da
Previdência, a redução do salário mínimo, a portaria que flexibiliza o
trabalho escravo, a entrega da Amazônia ao capital internacional e o fim
da Justiça do Trabalho.
As
atividades estão previstas para todo o dia. Logo cedo, acontece
manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras, nos polos Petroquímico e
Industrial de Camaçari. Em Salvador, também pela manhã cedo, com
concentração às 6h, acontece grande ato na entrada da Estação da Lapa,
na região do Dique do Tororó. Em seguida, a partir das 9h, tem caminhada
do Campo Grande ao Comércio, onde acontece protestos em frente às sedes
da Justiça do Trabalho e da Previdência Social.
A
escolha do 10 de novembro (próxima sexta-feira) se deu porque é a data
que antecede a vigência da lei que alterou a CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho) e golpeou o trabalhador e a trabalhadora. “O Dia Nacional
de Mobilização será muito importante, pois marca o último dia de
vigência da CLT. Dia 11 já estará em vigor a ‘deforma’ trabalhista”,
afirmou o presidente da CTB, Pascoal Carneiro.
Apesar
de fazer referência à reforma trabalhista, a mobilização do dia 11
também marca posição contra às tentativas de Temer de alterar as regras
de acesso à Previdência Social. “Essa também será uma reforma perversa,
porque quer tirar dos mais pobres para dar para os mais ricos”,
explicou.
As
centrais orientam, ainda, que manifestações pelo Dia Nacional de Luta
sejam realizadas no interior da Bahia, de forma a fortalecer e ampliar
ainda mais a resistência e enfrentamento ao governoTemer.
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Falta
menos de um mês para a nova lei do trabalho (13.467/2017), que
modificou mais de cem artigos da CLT e impôs a maior mudança na
legislação trabalhista desde a criação da CLT, em 1943, entrar em vigor.
Considerando a legislação um total retrocesso, tanto pelo fato de
retirar direitos do trabalhador quanto por enfraquecer os trabalhadores
enquanto classe, a CTB prepara uma agenda de paralisações e protestos.
Um
ato nacional, junto com sindicatos e outras centrais, está marcado para
sexta-feira, dia 10 de novembro, em referência a data que a lei entrará
em vigência, dia 11 de novembro.
A
mobilização conta com a participação dos metalúrgicos, comerciários,
rurais, professores, portuários e petroleiros, e muitas outras
categorias, que se uniram contra a enorme precarização das relações de
trabalho imposta pela lei.
“A
unidade está sendo crucial para a construção de canais de diálogos mais
amplos e que neste momento são fundamentais para a disputa em curso”,
afirma Adilson Araújo.
Para
o presidente da CTB-BA, a reforma trabalhista é desastrosa e mostra o
quanto o governo Temer está vinculado ao capital, contra os
trabalhadores. “Precisamos fortalecer ainda mais a luta, para enfrentar
esse momento difícil, de perda de direitos, enfraquecimento da economia e
desmonte do Estado de Bem-Estar Social”, afirma.
A
mobilização convocada pelas principais centrais sindicais – CTB, CUT,
UGT, Força Sindical, Nova Central e CSB – questiona os retrocessos do
atual governo e cobra investimento e crescimento econômico, condições
essenciais para a geração de empregos no país.
Fonte portal CTB
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