A Associação Brasileira de Condutores de Veículos de Automotores (Abrava) voltou a considerar realizar uma greve geral por conta do avanço dos preços dos combustíveis. Além disso, a entidade criticou a proposta do Governo Federal de fixar o ICMS em 17% para conter a alta da gasolina e afirmaram que a medida pode não ter qualquer efeito sobre o preço praticado nos postos.
Criticando a política de preços da Petrobras, que leva em consideração a variação internacional dos preços do petróleo, a Abrava afirmou que a realização de uma greve é a medida “mais provável” a ser tomada pela organização.
“De uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, sem a garantia que o caminhoneiro autônomo tenha suas despesas de viagem integralmente ressarcidas, a categoria vai parar. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável e não demora muito”, afirmou.
Em relação ao PLP 18/2022, que prevê a fixação do ICMS em 17%, a Abrava culpou o ministro da Economia, Paulo Guedes, pela situação dos preços dos combustíveis e afirmou que a proposta é apenas uma medida temporária.
“O governo é o grande culpado desse caos, e hoje chegamos neste ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de combustível. Muitas especialistas afirmam que esse problema tem soluções viáveis, mas está claro que essa não é a prioridade, o que vemos é um governo desesperado”, disse a Abrava.
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