O Observatório Europeu do Sul (ESO), maior consórcio de pesquisa
astronômica do mundo, se cansou de esperar pelo Brasil. Sete anos após
assinar acordo para admitir o País como primeiro membro não europeu, o
Conselho do ESO rescindiu o contrato com o governo brasileiro - que
nunca pagou nem ratificou o acordo. Segundo o Conselho, o ESO seguirá
aberto para acolher o Brasil a "qualquer momento". O valor do acordo era
de 270 milhões de euros (cerca de R$ 1 bilhão), que deveriam ser pagos
até 2021. O ESO, nesse período, tratou o País como membro interino.
Projetos de astrônomos brasileiros eram avaliados como se o Brasil fosse
membro, o que dá vantagens competitivas. Agora, com a rescisão do
contrato, cientistas brasileiros que quiserem usar os observatórios do
ESO terão de concorrer como representantes de um país não membro, com
critérios muito mais rígidos de seleção. O Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações disse defender a participação do
País no ESO e fazer "gestões junto ao governo federal" pela adesão. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo.
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