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A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (29/3), em São
Paulo, o advogado José Yunes. Ele é amigo e ex-assessor do presidente
Michel Temer. A decisão pela prisão foi autorizada pelo ministro Luís
Roberto Barroso, do STF, relator do inquérito que investiga se o
presidente da República beneficiou empresas do setor portuário, por meio
de decreto, em troca de suposto recebimento de propina. Segundo a
defesa de Yunes, trata-se de uma prisão temporária de cinco dias. O
advogado José Luis de Oliveira Lima alegou ainda que a prisão “ilegal” é
“uma violência contra José Yunes e contra a cidadania”. Em novembro do
ano passado, Yunes prestou depoimento à Polícia Federal, no inquérito
dos Portos. Nesta ocasião, ele relatou uma operação de venda de imóvel
ao presidente Temer. José Yunes é apontado pelo operador financeiro
Lúcio Funaro, delator da Operação Lava Jato, como um dos responsáveis
para administrar propinas supostamente pagas a Temer. Segundo Funaro,
para lavar o dinheiro e disfarçar sua origem, o advogado Yunes investia
valores ilícitos em sua incorporadora imobiliária. (Aratu)
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