Nascido
no Rio de Janeiro, mas mineiro de coração, o compositor contou que
desde pequeno preferia a voz das mulheres no canto. "Eu não gostava da
voz dos homens, só das mulheres, porque elas cantavam com o coração. Eu
imitava algumas delas", declarou Milton.
Quanto
aos festivais de música? "Parecia que as pessoas queriam comer umas às
outras. Música pra mim não é isso. Festival nunca mais!", afirmou o
cantor que passou a ser conhecido nacionalmente ao classificar-se em
segundo lugar no II FIC (Festival Internacional da Canção - 1967) - com
'Travessia', dele e de Fernando Brant.
Tudo
culpa do saudoso cantor Agostinho dos Santos, de quem Milton se
confessa fã ardoroso. Agostinho teria inscrito suas músicas nos
festivais à sua revelia.
Mas
é ao falar da cantora Elis Regina que o grande compositor se emociona.
"A Elis, tirando o meu pai e a minha mãe, foi o maior amor da minha
vida!", confessa Milton Nascimento. "Desde que eu a conheci, não nos
separamos mais. Todas as músicas que eu fiz naquela época, eu não fiz
pra mim - eu fiz pra ela cantar!". Elis cantando Milton sempre será bom
de ouvir.
Ao
lembrar dos tempos da ditadura militar, o cantor se deixa abater um
pouco. Todos os seus passos eram seguidos e ele foi proibido de vir a
São Paulo ver a mulher e a filha. "Então eu fiquei sozinho e comecei a
beber. Era só o que eu podia fazer", argumenta o compositor de tantas
pérolas da MPB.
O
que ele viu da vida? A amizade. "Cuidar da amizade é uma das coisas
mais importantes da vida", declarou o grande cantor e compositor que já
foi considerado um 'xamã' (pessoa dotada de poderes especiais - 'aquele
que enxerga no escuro', na tradução literal).
"Eu
não sou um xamã", assegurou Milton. Mas, depois de pensar melhor,
acrescentou: "pode ser que eu seja um xamã através da música".
(Informações do Portal UOL).
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