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Após turbulência, Irecê vive ano de redenção na agricultura


Na praça Dr. Mario Dourado Sobrinho, no centro de Irecê (BA), a frase “nesta terra em se plantando, tudo dá” serve de boas-vindas aos viajantes que chegam pela rodovia BA-052. Ao final da praça, virando à esquerda, chega-se a outra com nome de Praça do Feijão. Ambas compõem o coração de Irecê e mostram que é a agricultura que sempre deu sustento à economia do município. Mas houve turbulências nas duas últimas décadas. Nos anos 70, quando o plantio de feijão substituiu a pecuária como principal atividade da economia local, Irecê se transformou em grande fornecedor do produto para para as regiões Norte e Nordeste brasileiras. As chuvas regulares, o solo fértil e os volumosos subsídios do governo federal garantiam que mais de 5% da produção brasileira, plantados em 480 000 hectares de terra, viessem da região Irecê, que ganhou o apelido de Capital do Feijão. Após a safra de 1992, quando foram colhidas 5 milhões de sacas, o município enfrentou uma crise. A pecuária e agricultura extensiva haviam alterado o o clima e o solo da região. As chuvas tornaram-se menos frequentes e a terra perdeu fertilidade.

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