A saída de Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal
Federal (STF) abrirá uma nova vaga a ser preenchida por uma indicação da
presidente Dilma Rousseff. Será o quinto ministro da atual composição a
ser escolhido por Dilma. Dois nomes são cotados: o atual ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo; e o advogado-geral da União, Luís Inácio
Adams que, antes apontado como favorito, hoje correria por fora. O
problema é que, desta vez, a indicação poderá coincidir com o período
eleitoral, entre julho e outubro. Isso porque Barbosa deixa o tribunal
no final de junho. O Congresso estará de recesso oficial em julho e no
chamado "recesso branco" durante o período eleitoral, o que pode
esvaziar a obrigatória sabatina a que os nomeados têm de passar pelo
Senado. Nesse sentido, o componente eleitoral será um complicador para a
escolha do nome. Se a indicação for feita no meio do processo
eleitoral, o governo terá de encontrar um nome que não seja combatido
pela oposição. Dilma pode retardar a indicação e fazê-la depois de
outubro. Mas se perder as eleições, terá também de indicar um nome
consensual.(Estadão Conteúdo)
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