O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu
que, caso o Senado aprove a abertura do processo de impeachment, a
presidente Dilma Rousseff dificilmente retornará ao Palácio do Planalto.
Essa constatação foi feita em reunião, nesta segunda-feira (18), com o
presidente do PT, Rui Falcão, e outros representantes de movimentos de
esquerda. Caso o processo seja aprovado no Senado, Dilma é afastada por
180 dias e o cargo fica nas mãos do vice-presidente Michel Temer. Lula
admitiu ainda que considera remotas as possibilidades de impedir o
prosseguimento do processo no Senado. "Colocamos a necessidade de
construir uma mobilização de forma sistemática contra o golpe", contou
Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
(MTST). Segundo ele, "Lula mais ouviu do que falou" durante as mais de
quatro horas de reunião. Na manhã desta terça-feira (19), Lula participa
de outra reunião, com o diretório nacional do PT para avaliação do
cenário. (BN)
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