Erika Kuasne chegou a ir até uma delegacia para pedir ajuda, mas não
conseguiu evitar a tragédia. O filho e o ex-marido dela morreram no
acidente, que aconteceu pela tarde, na PR-445, em Londrina, no Paraná.
De acordo com a polícia, Marco não aceitava o fim do relacionamento, que
já tinha três anos. Ele pegou o filho do casal e passou horas mandando
mensagens ameaçadoras para Erika.
O motorista da carreta contou que o Chevrolet Corsa Classic invadiu a
contramão e bateu de frente contra seu veículo. O socorro foi chamado,
mas já encontrou pai e filho sem vida.
“Minha decisão foi tomada, não volto atrás. Ia ser você, mas aqui vai
doer mais para ti”, diz uma das mensagens que Marco mandou para a
ex-mulher. "Vai ser feito para você aprender", diz, elencando em seguida
xingamentos contra Erika. "Você não merece nada". Depois, ele pergunta
se ela quer ouvir pela última vez a voz do filho. "Adeus, mãe", diz o
menino.
Escute trechos dos áudios:
Ameças e morte
O corpo do garoto foi sepultado na tarde deste domingo. Erika usou as
redes sociais para pedir orações. "Hoje o dia escureceu pra mim. Perdi
meu bebê. Mas Deus sabe todas as coisas. Amigos, venho comunicar o
falecimento do meu filho. Guardem o melhor dele", postou primeiro. Um
dia depois voltou. "Venho agradecer a todos que no momento mais difícil
estiveram do meu lado e da minha família. Obrigada ao mundo pelas
mensagens, pois recebi força de pessoas que nem sequer me conhecem. Eu
louvo a Deus por isso, pois eu sei que daqui pra frente tudo se fará
novo".
Erika disse à imprensa local que o ex era muito agressivo. "Estou cheia
de hematomas pelo corpo, ele gritou, disse que iria me matar, mas
infelizmente ele fez com o meu filho, o Matheus foi assassinado”,
afirmou.
O garoto tinha voltado da escola na sexta, almoçou em casa e saiu para
brincar, quando acabou sendo levado pelo pai. “Perguntei para minha
outra filha se o Matheus estava em casa e ela me disse que ele tinha ido
lá fora brincar. Marco Antônio não aceitava ver que eu estava vivendo
novamente sem ele”, diz Erika.
"Ele me mandou mensagens, vídeos me xingando, mostrando que estava com meu filho e dizendo que iria acabar com a vida dele", contou ela à Folha de Londrinha.
A mãe foi para a delegacia no início da tarde. Ela chegou a marcar um
encontro com o ex-marido para tentar resolver o caso. "Meu último
contato com ele foi às 15h17. A gente foi para o ponto de encontro,
conforme o combinado, mas ele não apareceu", afirmou. Horas depois, ela
soube do acidente.
O major Nelson Villa Junior, do 5º Batalhão de Polícia Militar, a mulher
procurou a PM, que montou um esquema para tentar interceptar pai e
filho. "No entanto, em seguida, chegou a notícia de que ocorreu um
acidente na 445, lugar absolutamente diverso daquele que ele disse que
iria. E as características do veículo eram as mesmas. Equipes foram
fazer a verificação e constataram que era o menino e o homem que já
vinha mandando áudios ameaçando a mulher e o menino", conta.
Agressividade
Erika contou que sofreu agressões nas mãos do ex por nove anos. Mesmo com o relacionamento terminado há 3, eles não aceitava. Nesse período, ela contou que o denunciopu várias vezes à polícia e que ele chegou a ficar preso pela Lei Maria da Penha. Contou ainda que tinha medida protetiva para que ele não se aproximasse dela.
Erika contou que sofreu agressões nas mãos do ex por nove anos. Mesmo com o relacionamento terminado há 3, eles não aceitava. Nesse período, ela contou que o denunciopu várias vezes à polícia e que ele chegou a ficar preso pela Lei Maria da Penha. Contou ainda que tinha medida protetiva para que ele não se aproximasse dela.
Na quarta, dois dias antes da batida fatal, ela contou que o ex a
obrigou a entrar em um carro com ela, quando fez o mesmo trajeto que
repetiria com o filho. O ex-marido acabou desistindo de fazer algo e
voltou para casa para deixá-la. Depois desse dia, Erika conta que se
mudou para casa de parentes.
O caso será investigado pela Polícia Civil de Londrina.
Fonte: Líder Notícias
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