Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, envolvendo mais de 100
mil adolescentes, em 2.842 escolas de todo o país, mostrou que o consumo
de bebidas é comum e tolerado pelos jovens. Entre os entrevistados, com
idades de 13 a 15 anos, 50,3% afirmaram ter provado, pelo menos, um
drinque alcoólico. Além disso, um em cada quatro jovens assumiu ter
bebido nos últimos 30 dias anteriores à realização do levantamento. A
maioria teve acesso ao álcool em festas (39,7%), mas muitos informaram
que conseguiram comprar bebidas em lojas, bares ou supermercados
(15,6%). Sem ter muita ideia dos efeitos nocivos que a
bebida pode ter sobre seu desenvolvimento, os jovens afirmam beber para
se soltarem mais ou para se divertirem. O ponto é que inúmeras pesquisas
já provaram que os danos do álcool sobre o organismo são muito maiores
quanto mais precoce é o seu uso. Um levantamento
feito por um órgão governamental americano, o Substance Abuse and Mental
Health Services Administration, publicado em 2008, mostrou que
indivíduos que começam a beber antes dos 15 anos têm sete vezes mais
chance de desenvolver problemas relacionados ao uso de álcool do que
aqueles que o fazem após os 21. As complicações
relacionadas ao uso começam pelos efeitos físicos, pois o álcool agride o
sistema nervoso de diversas formas. "Há um efeito tóxico direto tanto
para o cérebro quanto para os nervos periféricos. O uso frequente reduz a
quantidade de neurônios e suas conexões, chamadas de sinapses. Isso
evidentemente leva a um comprometimento da performance intelectual e
motora", declara o neurologista Leandro Teles, graduado pela Faculdade
de Medicina da USP.
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