Depois de perder posições em importantes rankings
de educação nos últimos tempos, o Brasil enfrenta agora uma outra
tendência preocupante. Pesquisa da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que a parcela de alunos
brasileiros de 15 anos que se interessa pelo magistério é zero. Marta
Moraes, coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de
Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ), lembra que na década de 50 o
magistério era uma profissão que até a classe média alta procurava, nos
anos 70 se tornou uma forma de ascensão social, muito valorizada e
respeitada em termos políticos. Em termos salariais, a partir da década
de 70 e de 80, porém, começou a haver uma desvalorização, que vem se
acentuando cada vez mais. "Essa pesquisa está confirmando o que o SEPE
vem denunciando há muito tempo: nossa profissão vem sendo desvalorizada a
cada ano pelos governos, que afirmam que educação é prioridade no
momento da eleição. Terminada a eleição isso vira palavra solta ao
vento. A gente tem hoje um processo de abandono da profissão e da
própria rede pelos professores.
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