
Depois de reunião com representantes do governo, o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), um dos três integrantes tucanos na comissão que discute o assunto, escreveu em rede social: “Caso o governo não acolha nossas sugestões, não vamos aprovar a Reforma da Previdência”.
As condições dos deputados do PSDB vêm sendo conversadas inclusive com a bancada do partido no Senado. Entre oito pontos que consideram questionáveis, eles elegeram quatro que consideram essenciais para tornar a proposta defensável.
Reforma da Previdência
Os tucanos querem uma regra de transição para todos que estão no mercado de trabalho hoje. A ideia é estabelecer um pedágio proporcional ao tempo de contribuição acumulado, com diferenciação para trabalhadores rurais e professores. A proposta também prevê regras de transição com escalonamento diferente para homens e mulheres. O pedágio exigido varia de 20% a 80% do tempo restante para a aposentadoria, a depender do gênero e do tempo de contribuição.

Os deputados do PSDB também exigem uma diferença na aposentadoria rural e admitem inclusive a revisão da idade mínima proposta para esse público. No texto de Temer, trabalhadores rurais e urbanos têm a mesma regra de acesso à aposentadoria: idade mínima de 65 anos e pelo menos 25 anos de contribuição.
A proibição do acúmulo de aposentadoria e pensão também é um ponto que incomoda os tucanos, que querem permitir que as pessoas possam receber os dois benefícios ao mesmo tempo, desde que não ultrapasse o teto do INSS.
Para o benefício pago a idosos e pessoas com deficiência pobres, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), o PSDB vem defendendo que as regras sejam mantidas como são hoje: idade mínima de 65 anos para os idosos e benefício no valor de um salário mínimo. O texto do governo prevê o aumento dessa idade para pelo menos 70 anos, além da desvinculação do salário mínimo. “São pontos que não abrimos mão”, resumiu Barbosa. “Se essas mudanças forem feitas, é possível defender o texto. Ou então pode esquecer.”

Na reunião com o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, a bancada demonstrou que nenhum deputado apoia integralmente a proposta. Eles admitem preocupação com eleições em 2018 e lembram que nem mesmo o PMDB de Michel Temer apoia o texto da reforma no formato original. (Fonte: Folha de São Paulo).
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