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Rodrigo Maia quer abrir o futebol brasileiro para investidores estrangeiros

Foto: Carolina Antunes / PR
O presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai apresentar um projeto de lei que abre o futebol brasileiro para investidores estrangeiros, nos moldes dos clubes europeus. A proposta profissionalizaria a estrutura as agremiações do Brasil transformando-as em empresas.

"Entendemos que o futebol brasileiro precisa de mais capital, de capital estrangeiro também. Na minha opinião, não vai ter capital privado sem uma estrutura profissional do futebol", afirmou.

O modelo do projeto Maia é o que foi adotado pelos clubes europeus, como Paris Saint-Germain, Liverpool e Manchester City que são controlados por grupos estrangeiros. Para ter a adesão das agremiações, a ideia do deputado é oferecer incentivos tributários, dentre eles, a isenção de impostos durante o período de transição que seria de três até cinco anos. Ele já discutiu o assunto com o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Maia classificou o atual formato de administração da maioria dos clubes como primária, primitiva e atrasada.

"Um clube associativo não vai atrair capital estrangeiro. Fora o Flamengo, o Corinthians e o Palmeiras, os demais clubes caminham para uma situação de inviabilidade. O atual modelo não gera bons clubes de futebol", comentou.

O governo já havia tentado obrigar os clubes a se tornarem empresas em anos anteriores. Na década de 90, a Lei Zico foi aprovada com a obrigatoriedade, mas os cartolas se recusaram a aderir ao modelo no ano seguinte. Em 2015, foi editada a lei Profut, que auxilia a renegociação das dívidas dos clubes de futebol e federações. No entanto, neste ano, os débitos, referentes aos tributários e previdenciários, já acumulam quase R$ 100 milhões. (BN)

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