Mulher recebe pix de R$ 2,4 milhões por engano e gasta tudo em um dia: 'Pensei que fosse presente de Deus

O que era pra ser um pagamento de
pensão terminou em escândalo na Argentina. Verónica Acosta, moradora da
província de San Luis, esperava receber 8 mil pesos, cerca de R$ 40, mas
acabou surpreendida com um depósito de mais de 500 milhões de pesos
argentinos, o equivalente a R$ 2,4 milhões.
Segundo
o jornal El País, o erro partiu do próprio governo provincial. Sem
entender direito o que havia acontecido, Verónica não perdeu tempo. Em
poucas horas, realizou 66 movimentações bancárias e gastou praticamente
todo o valor. Comprou eletrodomésticos, materiais de construção, um
carro e até um assento de vaso sanitário.
Parte
do dinheiro foi transferida para cinco familiares, que agora também são
investigados. O erro foi descoberto rapidamente e as autoridades
conseguiram recuperar mais de 90% do montante, bloqueando contas e
carteiras digitais.
A
Justiça argentina indiciou Verónica e seus parentes por fraude ao
Estado e apropriação indevida de recursos públicos. Eles poderão
responder em liberdade apenas se pagarem uma fiança de 30 milhões de
pesos, cerca de R$ 144 mil. O advogado da família, Hernán Echevarría,
afirma que o caso é um abuso e que todos são pessoas humildes. “Foi um
erro do Estado. Agora tentam transformá-los em criminosos”, disse à
imprensa.
Em
entrevista a canais locais, Verónica contou que acreditou ter recebido
uma bênção. “Achei que fosse um presente de Deus. Usei o dinheiro para
resolver necessidades e ajudar minha família”, afirmou. Entre as compras
confirmadas estão duas televisões, uma fritadeira elétrica, um
microondas, pisos, utensílios de cozinha, uma geladeira e um carro.
No
Brasil, situações parecidas também podem terminar em prisão. De acordo
com o artigo 169 do Código Penal, apropriar-se de um valor recebido por
engano é crime de apropriação indébita, com pena de até um ano de prisão
ou multa. O Código Civil reforça que ninguém pode se enriquecer sem
causa e que o valor deve ser devolvido, mesmo que já tenha sido gasto.
A
orientação dos bancos é simples: ao perceber uma transferência errada, o
cliente deve evitar movimentar o dinheiro e comunicar imediatamente a
instituição. Hoje, a maioria dos aplicativos permite devolver o valor
com apenas alguns cliques, antes que o “presente de Deus” acabe virando
caso de polícia.
Fonte: Correio 24h
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