
O deputado federal Dal Barreto (União
Brasil) teve o celular apreendido no Aeroporto de Salvador na
terça-feira (14). A medida faz parte da sexta fase da Operação
Overclean, da Polícia Federal, que também revistou uma casa de luxo e um
posto de combustíveis do deputado.
O
objetivo da Operação Overclean é desarticular uma organização criminosa
suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos
públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Adalberto Rosa Barreto, conhecido como Dal Barreto, nasceu na cidade de Amargosa, no Vale do Jequiriçá, é casado e tem 46 anos.
De
acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou cerca de
R$ 7,3 milhões em bens -terrenos, helicóptero, prédios comerciais,
empresas e fazendas.
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Casa do deputado Dal Barreto foram revistados em operação da PF — Foto: Reprodução/TV Bahia |
Na
trajetória política, ele se candidatou a prefeito de Amargosa pelo
Democratas em 2008, mas não foi eleito. Em 2018, se candidatou a
deputado estadual da Bahia pelo PC do B e foi eleito. Em 2022, se
candidatou a deputado federal pelo partido União e também foi eleito.
Recentemente,
o deputado votou a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
3/2021, que ficou conhecida como PEC da Blindagem, e da urgência para o
Projeto de Lei (PL) 2162/2023, que dá anistia a condenados por atos
golpistas.
Apreensões
A
casa de luxo e o posto de combustíveis que foram revistados pela
Polícia Federal na terça-feira ficam na cidade de Amargosa. Além de
documentos encontrados nos endereços, os agentes levaram carros de luxo
que estavam na residência.
A
PF não divulgou quais são as suspeitas contra o político, porém, a
equipe de reportagem apurou que se trata de um suposto envolvimento com
um dos alvos anteriores da operação.
Em
entrevista à TV Bahia no local, Dal negou qualquer envolvimento com a
investigação. "As provas vão chegar no momento certo e as pessoas vão
entender. Tudo vai ser conduzido pela Justiça, a gente vai aguardar que a
Justiça esclareça sempre", disse.
Quanto
à abordagem da PF no Aeroporto de Salvador, Dal relatou que os agentes
não pediram ou repassaram mais informações. "Não falei nada. Não me
perguntaram nada. Me pediram o celular e eu entreguei", disse.
O que diz o deputado
"O
Deputado Federal Dal (Adalberto Rosa Barreto) vem a público
manifestar-se sobre a operação da Polícia Federal, realizada em 14 de
outubro de 2025, conforme veiculado pelos meios de comunicação.
Esclareço,
por oportuno, que não tive acesso ao inquérito policial, apenas ao
mandado de busca e apreensão, não tendo, portanto, conhecimento acerca
dos fatos investigados.
Dessa
forma, coloco-me à inteira disposição da Polícia Federal para colaborar
com as investigações e prestar os devidos esclarecimentos, sempre que
solicitado, agindo com transparência e respeito às instituições.
Reitero,
igualmente, minha plena confiança nas instituições brasileiras e que,
tão logo seja possível, todos os pontos serão devidamente esclarecidos,
seja por meio do meu depoimento às autoridades competentes ou por
intermédio da defesa técnica devidamente constituída nos autos do
inquérito, pois tenho certeza da conduta proba, republicana e dentro da
legalidade que sempre tratei com os recursos públicos, logo a minha
completa inocência será amplamente demonstrada.
Reafirmo,
ainda, meu compromisso com o povo baiano, com a verdade e com a
legalidade, confiando que a apuração será conduzida de forma isenta,
técnica e respeitosa".
Fonte: G1 Bahia
Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados
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