Rolídio Brasil de Souza Gama, o Monstro, um dos
maiores assaltantes de bancos do País, está preso em um centro de
detenção provisória de São Paulo. Ao lado dele, está o comparsa Cláudio
Alexandre da Silva, o Charuto. Os dois são suspeitos de integrar uma
quadrilha que teria roubado uma fortuna equivalente a R$ 20 milhões.
Monstro e Charuto foram presos no mês passado após longa investigação da
Polícia Civil e falaram com exclusividade ao Domingo Espetacular na
última semana. Para Monstro, que sempre levou uma vida discreta e sem
luxo, os assaltos a banco não deixam os ladrões tão ricos quanto se
pensa. — Isso aí não dá dinheiro não, meu. Isso só dá fama, banco só dá
fama. Entendeu? Essa vida aqui é uma vida de ilusão. Quando você acorda,
você já não tem mais nada. É que nem um sono, você vai dormir, você
dorme. Quando você acordar, acabou, acabou seu sono. Não tem mais seu
sono, né? Segundo as investigações, Charuto era atualmente o braço
direito de Monstro. Era ele quem convencia os seguranças dos bancos a
facilitar a entrada dos criminosos nas agências, em troca de uma parcela
do roubo igual à dos outros assaltantes. Ao contrário do "sócio",
Charuto sempre fez questão de ostentar riqueza. Tinha uma atração por
carros: ao todo eram seis, incluindo um Camaro amarelo ano 2012. Mesmo
assim, ele disse ao Domingo Espetacular, que se arrepende dos crimes. —
Não tem um dia da nossa vida que a gente não se arrepende, chefe. [Se
pudesse] voltaria atrás, aos meus 21 anos, e viveria outra vida.(Rede
Record)
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