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Por conta de desempenho, alunos terão horário ampliado para Português e Matemática


A conta é uma adição básica: 4+1=5. Para entender, ninguém precisa saber mais do que Português e Matemática (nem que seja só um pouquinho). Pode não parecer muito, mas a promessa da Secretaria Municipal de Educação (Smed) é que essa soma fará uma grande diferença. A partir de 2016, os 140 mil estudantes da rede pública municipal vão passar mais tempo em sala de aula: a carga horária vai aumentar de quatro horas por dia para cinco horas. Já no segundo semestre deste ano, a situação já muda – crianças e adolescentes terão 4 horas e meia de aula por dia. E o aumento vai priorizar justamente as disciplinas de Português e Matemática. Para o secretário municipal da Educação, Guilherme Bellintani, a mudança será “um salto” na qualidade de ensino nas escolas do município. “Isso é muito significativo. Vai ser um dos principais elementos de transformação pedagógica em sala de aula”. Ele diz que a realidade das escolas de Salvador está bem abaixo do que deveria ser e bem distante do quadro em outras cidades. “Temos uma das menores cargas horárias entre as capitais, além de um déficit imenso em relação à média mundial. Não tenho dúvida de que é um dos nossos maiores problemas hoje”.
Defasagem
Só para dar uma ideia, em São Paulo, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação paulistana, o ensino fundamental tem cinco horas diárias desde 2008. Já os alunos da educação infantil têm seis horas por dia, enquanto as crianças das creches ficam no local por dez horas. No Rio de Janeiro, onde existe uma meta que todas as escolas funcionem no regime de tempo integral até 2020, mais de 20% das escolas já contam com nove horas de atividades. O restante tem aulas durante 4 horas e meia.

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